Está fora de perigo de morte a menina de 11 anos que foi vítima do homicida incendiário, Raphael Gonçalves dos Santos, em Rondon do Pará, no dia 16 de janeiro. Raphael jogou gasolina e ateou fogo na cama onde dormia a ex-mulher dele, Isabele Cristina Colares da Silva, de 18 anos, e a menina de 11.
Isabele estava grávida de sete meses. Ela e o bebê morreram. A menina teve queimaduras de 2º e 3º graus em 76% do corpo, e ainda não sabe da morte da prima Isabele.
A mãe da criança, de 28 anos, está grávida, com previsão de realizar a cesariana no próximo dia 20. É o pai da menina quem tem trocado turno no Hospital Municipal de Rondon acompanhando o tratamento da filha. “Tive que me manter um pouco afastada do tratamento da minha filha, o que me causa uma grande angústia por não acompanhá-la. Foram os piores momentos da minha vida por essa tragédia em nossa família. Minha filha e Isabele, além de primas, eram muito amigas e por isso dividiam a cama quando ela voltou para casa de sua avó”.
A mãe da menina disse ainda que os médicos do Hospital Municipal têm realmente dado atenção especial à garota destinando nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta.
De acordo com o médico Raimundo Amorim, diretor do Hospital Municipal de Rondon, as queimaduras de 3º grau atingiram mais o lado direito da menina, no membro superior, atingindo o braço e sua costa. “Ela está recebendo todo atendimento necessário para sua recuperação”. Disse ainda que os procedimentos do processo de recuperação tais como a hidroterapia, limpeza das lesões com remoção de tecido desvitalizado, mudança de compressas, e fisioterapia são dolorosos, traduzindo-se num grande desconforto por parte da criança queimada. “A menina já não corre risco de morte e seu quadro está sob controle”, garantiu o médico.
CIRURGIA
Ontem (4) a menina passaria por um procedimento cirúrgico para limpeza das lesões com remoção de tecido desvitalizado, principalmente no braço direito, para que possa melhorar os movimentos.
A secretária municipal de Saúde, Ângela Sicília, informou que a criança tem recebido, desde sua fase crítica como nessa fase transitória, todo apoio do município para acelerarmos sua recuperação.
RELEMBRE O CASO
O serigrafista Raphael Gonçalves dos Santos, 24, queria reatar seu relacionamento com a ex-mulher, Isabele Cristina Colares, que estava grávida de sete meses. Com raiva, por ter recebido mais um “não”, Raphael, alcoolizado, comprou um litro de gasolina e foi à residência da avó de Isabele. Ele pulou pelos fundos da casa e arrombou a porta da cozinha, jogou a gasolina sobre a cama da vítima, que dormia com a prima de onze anos, e acendeu o fogo com um isqueiro. Raphael foi detido dois dias depois e confessou o crime. Isabele morreu uma semana depois no Hospital Metropolitano, em Belém. Raphael está preso. (Diário do Pará)
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