Há dias que os moradores da primeira rua da quadra 1 com a estrada do Aurá, no conjunto Jader Barbalho, bairro do Aurá, em Ananindeua, estavam sentindo um odor estranho. “Sexta de manhã eu passei e percebi, mas achei que era algum cachorro morto que tinha sido jogado no mato. Todo mundo que passava por aqui também comentava a mesma coisa”, contou o rodoviário Diego Pontes.
O mistério do mau cheiro foi elucidado por volta das 3h da tarde de ontem, quando um carroceiro viu o corpo de um homem jogado no mato ao lado da Escola Municipal do Aurá. “De cima da carroça ele avistou e deu o alarme. Foi quando chamamos o Ciop”, disse o rodoviário.
De acordo com os peritos do IML, a decomposição do corpo já estava em um estágio bastante adiantado. O rosto foi totalmente comido por larvas. “Pela quantidade de moscas, formigas e larvas indica que foi morto há pelo menos três dias e meio. Mas deu para perceber que ele teve duas perfurações por arma branca”, explicou o perito Nazareno Mello.
Uma dona de casa teve até ânsia de vomito, mas não arredou o pé do local. “Eu quero ver se conheço ele. Mas na verdade sou curiosa”, disse em tom de brincadeira, Maria da Conceição Barbosa, de 29 anos.
Além de curiosos, os moradores estavam chocados. “Eu nunca poderia imaginar que o cheiro forte que eu achava que era de bicho morto era de um ser humano. Mesmo que ele fosse bandido, não merecia uma morte assim”, observou.
Segundo o cabo PM Jorge, da 14 ZPol, nenhum morador conhecia a vítima. “Fomos os primeiros a chegar e até fizemos umas incursões na área para saber se alguém o conhecia ou se sabiam de algum homem que estivesse desaparecido, mas ninguém sabe de nada. Eu acho que esse rapaz foi morto em outro lugar e jogaram o corpo dele por aqui. O local é movimentado e o mato nem é tão longe da pista. Se tivesse acontecido aqui, alguém teria ouvido algo”, opinou.
Mesmo estando em decomposição, a polícia acredita que o homem pode ter entre 28 e 30 anos. “Pelo porte do corpo. Ele não parece ter menos que 28 anos”, observou o cabo.
Para a perícia, a identificação da vítima só pode ser feita com um exame mais detalhado. “Como não tem mais rosto e o tecido está comprometido, a família dele tem que solicitar um exame de DNA”, disse o perito Nazareno Mello. (Diário do Pará)
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