Traficante presa em flagrante pela terceira vez

Tudo que quatro crianças não queriam aconteceu na véspera do Dia das Mães (7) no bairro do Icuí-Guajará em Ananindeua, região metropolitana de Belém. A mãe delas, Kelly Crisciane Barbosa Lopes, de 29 anos, acabou presa acusada de tráfico de drogas por uma equipe da 3ª Zona de Policiamento.

Reincidente mas com um poder de convencimento que daria inveja a qualquer vendedor de sepultura, Kelly Crisciane quase consegue enganar o tarimbado delegado Costa Neto e seu escrivão Alan ao jurar pela “fé da mucura” que era uma pessoa de bem e inocente.

A acusada foi apresentada pela equipe da viatura 8123 dos cabos Ednelson, Holanda e Laranjeiras, após ser flagrada tentando entregar a um viciado na rua Athaide Moura próximo a feira do Samambaia no Icuí, um papelote de pasta de cocaína.

Quando a acusada viu a viatura, escondeu o “bagulho” numa fresta de um portão fato observado pelos atentos “olhos de lince” dos policiais. Revistado o barraco, os policiais encontraram o restante da droga que estava junto com a importância de R$33,15, segundo os militares, fruto da venda de entorpecente durante o final de semana. O fato foi negado pela acusada que, ao chegar à Central de Flagrante da Cidade Nova, acabou dando um show de falso moralismo pra cima dos policiais.

Questionada sobre documentos, a acusada informou que não tinha nenhum documento, mas forneceu o nome de Kelly de Sousa Santiago, logo pesquisado no sistema da Polícia Civil estando esta pessoa “limpa perante a lei”. Como a mentira tem “pernas curtas” e anda de “supersônico”, a “máscara caiu” quando o cabo Ednelson foi até a residência da acusada voltando com a identidade de Kelly Crisciane Barbosa Lopes.

Ela já estava fazendo o delegado acreditar na sua versão quando veio a verdade. Kelly Crisciane estava pela terceira vez sendo autuada por tráfico de drogas, sendo uma velha conhecida do Centro de Recuperação Feminino. Ela já respondeu por outras broncas quando convivia com o criminoso conhecido como “Gege”, assassinado em 2007, no Tapanã.

“Eu tenho quatro filhos, inclusive um de cinco meses, que dependem de mim” chorava Kelly Crisciane que, tão boa filha que é a mãe ouviu a seguinte frase de sua mãe, Raquel Barbosa: “Eu avisei para ela parar com isso. Eu vou levar as crianças daqui” afirmou a avós das quatro crianças.

AUTUADA

O delegado Costa Neto, de plantão na Central de Flagrante, informou que a acusada foi presa em 2006 e 2007, por tráfico de drogas, e agora caiu pela terceira vez. “Sem chance pra ela. Vou autuá-la e quando chegar à Justiça, o juiz vai cuidar do caso” informou. (Diário do Pará)