Na próxima segunda-feira (5) Marcelo Lutier Gomes Sampaio, acusado de matar, em 2005, a estudante Bruna Leite Sena, de 15 anos, e esconder o corpo em uma lixeira, enfrentará os jurados da 3ª Vara de Belém. O técnico de informática está preso no Centro de Recuperação do Coqueiro será conduzido até o Fórum de Belém para o julgamento.
O julgamento será presidido pelo Juiz Cláudio Henrique Rendeiro. Marcelo Lutier é acusado de homicídio qualificado. Na acusação atuará o promotor de justiça Edson Augusto Souza e em defesa do réu o advogado Humberto Boulhosa. A sessão deve começar às 8h, no plenário de júri 'des. Elzaman Bittencourt', no Fórum Criminal da Capital. Estão previstos seis depoimentos de testemunhas, todas indicadas pelo representante do Ministério Público.
Segundo a acusação feita pelo Ministério Público, o crime ocorreu entre os dias 17 e 18 de setembro de 2005. Lutier está preso desde outubro daquele ano, quando teve a prisão preventiva decretada. Ele recorreu a todas as instâncias da Justiça, mas, em nenhuma teve o pedido de liberdade deferido.
Conheça o Caso
As investigações da Polícia Civil apontam que Bruna Sena frequentava um cyber café de Icoaraci e acessava salas de bate papo, onde conheceu Marcelo. Em setembro de 2005, a vítima teria marcado encontro com o acusado em uma loja de conveniência. O réu levou a jovem para o apartamento que morava.
No dia seguinte pela manhã, após matar a jovem por asfixia mecânica, utilizando tortura, teria amarrado o corpo com fios de nylon, para diminuir o volume e colocou dentro de um saco plástico. Para tentar ocultar o cadáver, Marcelo Lutier o abandonou em um contêneir de lixo na Travessa 14 de Abril.
Pouco tempo depois o corpo foi encontrado por um gari, que acionou a Polícia. Ao ter a prisão temporária decretada o técnico de informática negou a autoria do crime, mas confessou ter se encontrado com a estudante de ter levado até seu apartamento.
A versão do acusado é que a jovem teria ficado no local ouvindo música até 19h. Em seguida Lutier alega ter deixado a jovem que se encontraria com uma pessoa que conhecia por 'Duca', com quem faria um programa, negociado por Marcelo por R$500. O acusado disse que por volta das cinco da manhã do dia 18 de setembro, 'Duca' teria lhe ligado e entregue um saco plástico para ser deixado no lixo, que não sabia do que se tratava.
RESOLUÇÃO
O caso foi desvendado após a quebra do sigilo telefônico e dos emails do acusado. A denúncia contra o técnico se baseou em laudos de exame necroscópico, de levantamento de local de crime com cadáver, e de identificação biológica por análise de DNA, apontaram Marcelo como autor de homicídio qualificado, tortura e ocultação de cadáver.
Exame no corpo de Bruna constatou traços de tortura, morte por asfixia e indícios de relação sexual. O laudo comprovou, ainda, que material espermático encontrado no corpo de Bruna é de Marcelo Sampaio. (Ascom TJ PA)
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