Suspeito de matar operário é apreendido

Intensa investigação do Grupo Tático Operacional (GTO) em conjunto com a Divisão de Homicídios de Marabá (DHM) resultou na apreensão de um adolescente, na prisão de um homem e na apreensão de três armas de fogo, na manhã de quarta-feira (28) em Marabá. Contra o adolescente pesa a suspeita de ter matado a tiros o industriário José Ribamar Feitosa Costa 58, assassinado na madrugada de segunda-feira, na avenida Silvino Santis, na Marabá Pioneira.

Já o outro envolvido no crime, Joilson Guilherme da Silva, de 29 anos, natural do bairro Jurunas em Belém, guardava duas armas de fogo em um kitnet na Folha 33, onde morava com o adolescente e duas mulheres.

Desde que José Costa foi assassinado, o GTO e a DHM vêm investigando o caso. Para surpresa dos militares do GTO, a mesma casa onde ambos foram capturados já havia sido revistada por eles, pois havia informações de que eram assaltantes que agiam em Marabá.

Naquela ocasião, segundo o sargento Aldir Vieira, os dois teriam participado de dois assaltos em joalherias em Pacajá e em Goianésia do Pará e estariam escondidos em Marabá, porém os militares nada localizaram com os suspeitos.

Após o assassinato de José Costa, houve grande comoção em Marabá, uma vez que a vítima era evangélica e seguia para o ponto de ônibus na avenida Antonio Maia, onde pretendia seguir para o trabalho em um frigorífico.

MOTIVO BANAL

Consumado o crime, sobraram especulações a respeito da motivação. Em princípio se cogitou tratar-se de vingança, acerto de contas e até mesmo latrocínio. Porém, segundo o delegado da DHM Francisco Borges Bismarck, tudo leva a crer que o crime tenha ocorrido por motivo fútil.

O adolescente confessou para o delegado que ocorreu o crime. Disse que passava numa moto e estava embriagado a ponto de resvalar na vítima. Contou ainda que José Costa proferiu alguns palavrões. Então, ele parou a moto, sacou o revólver e efetuou três tiros mortais na vítima.

Para a imprensa, o adolescente relutou em contar como matou a vítima, porém, horas mais tarde, após uma breve “conversa” com a polícia, ele não apenas comentou, mas deu detalhes. “Ele queria agarrar o revólver e se me tomasse com certeza me matava”, relatou o adolescente sem esboçar qualquer sentimento de culpa ou remorso pelo crime que cometeu.

Nunca é demais lembrar que José Costa deixa na orfandade cinco filhos, sete netos e uma viúva. O que mais chocou a sociedade marabaense foi o fato de a vítima ter sido morta a caminho do trabalho, ao passo que o adolescente retornava de uma noite de farra.

No final da tarde de ontem, o delegado Francisco Bismarck enviou o Auto de Ato Infracional (AAI) à Comarca de Marabá, no qual recomenda a internação do adolescente e a prisão de Joilson da Silva por posse ilegal de armas.

PROFISSÃO: ROUBAR

Quanto a Joilson Guilherme da Silva, segundo a polícia, ele tem como profissão roubar. A conclusão é óbvia, diante das inúmeras informações dando conta de que ambos estariam envolvidos em diversos assaltos em Marabá, porém ele foi preso por posse ilegal de armas.

Caso seja reconhecido por alguma vítima, pode permanecer mais tempo preso diante da quantidade de assaltos que teria cometido. A vida pregressa de Joilson é comprometedora. Quando adolescente, ele cometeu um homicídio no Jurunas. Quanto ao adolescente apreendido, ele também responde na Justiça por tentativa de homicídio e esteve internado recentemente no Ciam, para onde deve retornar.

(Diário do Pará)