Uma curta vida marcada por rebeldia e vício em drogas resultou numa morte trágica na madrugada de quinta-feira (21), no loteamento Recanto Verde, em Icoaraci. Rárica de Lourdes Pantoja, 23 anos, viciada em drogas, figura bastante conhecida da noite em vários becos e bocas de fumo do distrito, foi executada com quatro tiros na madrugada de ontem. Ela teria sido morta em frente ao companheiro, cujo apelido é “Neguinho”. Foi ele quem ajudou a polícia a encontrar dois dos três supostos executores, poucos minutos depois do crime.
Além da eficiência da equipe do tenente Raiol, da 12ª AISP, 2ª Companhia da Polícia Militar, o que colaborou para a rápida prisão dos suspeitos foi “imprudência” dos criminosos. “Nós chegamos ao local do crime e ainda a encontramos respirando. Por isso, a levamos para o Hospital Abelardo Santos, onde ela veio a morrer. Mas enquanto a família estava lá, os três apareceram em frente ao hospital e foram reconhecidos pelo marido da vítima”, relatou o tenente.
Naeldo Machado dos Santos, 18 anos, conhecido como “Passarinho” e Max Medeiros Estrela, 22 anos, teriam sido capturados pela polícia na praia do Cruzeiro em Icoaraci, supostamente após terem empreendido fuga após a batida policial. “Não fomos nós. A gente ia sair pra beber com nossas namoradas quando fomos capturados. A polícia ainda bateu em nós”, se defendeu Max. “Passarinho” também negou a participação no crime.
Entretanto, diante do delegado Raimundo Jaime das Mercês, Max teria confessado que efetuou os disparos. “Passarinho” e Max foram autuados em flagrante por homicídio na Seccional de Icoaraci. O outro participante seria “Dedé”, que ainda é foragido.
UMA DOR PREVISÍVEL
Antes de morrer, a vítima ainda teria tido os cabelos puxados e levado tapas no rosto dos executores. “A vida que ela levava apontava pra isso. Mas ninguém imaginava que seria de uma forma tão brutal”, lamentou o padrasto, que não quis se identificar.
Três dos quatro tiros, que provavelmente foram disparados atingiram o rosto da vítima. “A minha filha sempre foi muito rebelde. Desde os 13 anos que ela foge de casa. Hoje mesmo [no dia do crime] nós discutimos e ela me disse que era pra eu não me preocupar mais porque era ‘banda voou’”, lamuriou a mãe.
Rárica deixou duas filhas. Uma delas, de cinco anos, é criada pela madrinha, a outra, de seis anos, é criada pela avó.
(Diário do Pará)
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