Morreu sentado com tiros à queima roupa

Antes de começar a tomar umas cervejas em um trailer de lanches, localizado na rodovia Transmangueirão, bairro do Bengui, em Belém, Roberto Carlos de Almeida Oliveira, 23, foi assassinado à queima roupa com três tiros, às 19h30 de ontem. Segundo testemunhas, dois homens em uma motocicleta desceram e alvejaram a vítima, que estava sentada, aguardando a abertura do estabelecimento. Segundo a polícia, o crime pode ter sido uma execução.

A vítima, conforme informações da Polícia Civil, era reincidente por crime de porte ilegal de armas e trabalhava como mototaxista. Policiais militares da 4ª Companhia (Cia) / 1 º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram acionados para manter a segurança do local do crime. De acordo com o cabo PM Meireles, da viatura 9167, Roberto foi executado.

“Algumas testemunhas contaram que ele estava sentado com uma garota, que viu tudo o que aconteceu. Dois homens desceram de uma moto e atiraram nele e depois fugiram. Pelas características, ele provavelmente estava devendo para traficantes e foi executado por causas das dívidas”, afirmou.

EXECUÇÃO

Roberto não teve chances de defesa. Atrás do trailer há um estreito espaço entre o muro e o estabelecimento, que, segundo uma testemunha que pediu para não ser identificada, um dos criminosos passou para cercar a vítima, pois o outro o surpreendeu pela sua frente.

“Eram dois homens e ambos estavam armados. Um passou por trás do trailer e o outro veio pela frente. Ele estava sentado aí nesta cadeira e os dois atiraram. Nem falaram nada. Atiraram e fugiram na moto que vieram”, disse.

AMEAÇAS

Um amigo de Roberto, que pediu sigilo da identidade, revelou que ele estava sendo ameaçado por traficantes. “Ele era envolvido com o tráfico de drogas aqui na área e já estava sendo constantemente ameaçado por traficantes daqui. Ele até ia embora, mudar para outro lugar, mas acabou acontecendo isso”, falou.

Policiais civis da Divisão de Homicídios (DH) foram acionados para coletarem informações que possam apontar para possíveis linhas de investigação. A delegada Cláudia Renata Guedes falou que a cena do crime foi violada.

“Fomos informados que ele tinha passagens pela polícia, mas os familiares e amigos não estão cooperando com o nosso trabalho. Não querem falar muito sobre o caso e sobre a vida dele. Alguém violou a cena do crime, retirando o aparelho celular de cima dele”, disse.

Segundo informações da Polícia Civil, uma câmera de monitoramento do Centro Integrado de Operações (Cip 190), localizada a pelo menos cinquenta metros do local onde ocorreu o fato, não estava funcionando no momento do crime, fato que dificulta a identificação dos criminosos.

Uma equipe do Instituto de Criminalística do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves realizou a perícia no corpo e constatou três tiros na vítima. Um tiro foi na cabeça, um na testa e o outro no pescoço, que transfixou. Um projétil de arma ainda não identificada foi encontrado próximo do local do crime.

“Algumas testemunhas contaram que ele estava sentado com uma garota, que viu tudo o que aconteceu. Dois homens desceram de uma moto e atiraram nele e depois fugiram. Pelas características, ele provavelmente estava devendo para traficantes e foi executado por causas da dívidas”.

(Diário do Pará)