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POLÍCIA

Jovem é executado e esquartejado no Benguí

a calçada de um lado da rua, o tronco. Dez metros de distância, do outro lado da rua, a cabeça e os membros dentro de uma lixeira. Quem transitava pela rua Jhon Engelhard, no bairro do Parque Verde, ontem pela manhã, se assustava com a cena. Um crime com

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a calçada de um lado da rua, o tronco. Dez metros de distância, do outro lado da rua, a cabeça e os membros dentro de uma lixeira. Quem transitava pela rua Jhon Engelhard, no bairro do Parque Verde, ontem pela manhã, se assustava com a cena. Um crime com requintes de crueldade, motivado, supostamente, pelo tráfico de drogas, tirou a vida do jovem Sandro Thiago de Jesus Silva, 23 anos. Ele foi brutalmente assassinado na noite da última quarta-feira (17), mas somente no início da manhã de ontem o corpo esquartejado foi encontrado pelos moradores.

A namorada da vítima estava procurando desde a noite anterior, quando recebeu informação da morte do rapaz. Porém, segundo “Valéria”, moradora do bairro do Tenoné, não teria encontrado o namorado e só retornou aquele bairro assim que encontraram o corpo de Sandro.

De acordo com a mulher, o rapaz era envolvido com o mundo do crime, mas que recentemente estava trabalhando em uma estância, no bairro do Bengui, onde morava. “Ele tava trabalhando honestamente. Não tava mais se metendo com coisa errada. Não sei quem poderia ter feito isso”, lamentava “Valéria”.

Os moradores daquela rua estavam chocados com o crime e principalmente, pela forma como Sandro foi morto. “Quem fez isso devia estar com muito ódio dele. Acho que estava fora de si. Não acredito que alguém em sã consciência teria coragem de fazer uma coisa dessas”, comentou uma moradora que conhecia a vítima. “Sempre via ele por aqui, mas não tinha contato com ele. Também não sei se ele era envolvido com a criminalidade”, acrescentou a mulher.

A “lei do silêncio”, como de praxe, impera em muitos lugares onde o tráfico de drogas está arraigado. Por mais que algumas cochichassem que por volta das 5h, o grande barulho provocado por latidos de cachorros acordaram os moradores da passagem Mulheres Guerreiras, a maioria se esquivava quando era questionada pela imprensa.

A plateia era grande. A criançada também não se afastava. Poucos corajosos disseram sem se identificarem, que ainda pela madrugada, teriam avistado pelo menos três homens carregando em uma rede o corpo do homem por aquela passagem que dá acesso a rua Engelhard, mas que não imaginavam que seria um cadáver.

CRUELDADE

Como não bastasse tê-lo matado, os criminosos o esquartejaram. Teve braços, pernas e cabeça cortados e jogados em uma lixeira, cerca de dez metros de distância do tronco, onde órgãos internos e ossos ficaram expostos, embrulhados em uma rede. Ele estava completamente sem roupa.

“Valéria” disse que o casal havia reatado o namoro recentemente depois de uma briga, e que por isso estava morando no bairro do Tenoné. De acordo com ela, ele estava desaparecido desde o início da noite anterior, por volta das 18h30 teria saído de casa, no Bengui e só foi encontrado sem vida.

SUPOSTA DÍVIDA

A companheira da vítima não confirmou, mas segundo informações apuradas pela polícia, Sandro teria uma dívida com o tráfico de aproximadamente R$ 2 mil. O traficante foi identificado como José Nilton Santos, também conhecido entre os policiais como “matador do tráfico”, aquele responsável por cobrar a dívida da forma mais cruel que existe.

Ele também é o principal suspeito pela morte do jovem. “Ele estava trabalhando nessa estância que a mulher afirma, justamente para pagar a dívida”, comentou um investigador de Polícia Civil da Divisão de Homicídios.


Irmão do principal suspeito negou envolvimento

No momento em que peritos criminalísticos apuravam informações na cena do crime e no corpo da vítima, policiais civis da Divisão de Homicídios, coordenados pelo diretor Gilvandro Furtado, também colhiam detalhes para montar o quebra-cabeça do, até então, misterioso assassinato.
Mas alguns moradores reconheceram o nome do principal suspeito, Nilton, e apontaram para a polícia a residência dele, há menos de cem metros do local onde Sandro foi abandonado.

Na passagem Nossa Senhora de Fátima, a casa dos fundos seria do suposto traficante. Os policiais cercaram e invadiram o local. Dentro, não havia ninguém, mas ali estava a cena do crime: um colchão no chão, a faca utilizada pelos assassinos e um martelo que também teria auxiliado os matadores estavam enrolados em meio a vários panos. A casa estava em construção e serviu apenas de cativeiro para a vítima.

A residência da frente era de Deividison Santos, 28, apelidado de “Gugu”, irmão do principal suspeito. Por coincidência, ele surgiu de moto no momento em que a polícia também tentava invadir a casa. Ele foi detido pelos policiais civis e autuado em flagrante pelo delegado Gilvandro Furtado por homicídio, pois para a polícia, ele participou do crime e o corpo de Sandro ainda teria passado por dentro da casa de “Gugu” até ser despejado na rua Jhon Engelhard.
O irmão de Nilton alegou que dormiu em casa normalmente, mas que não teria escutado nada vindo dos fundos e nega qualquer envolvimento. “Eu não vejo Nilton há mais de três meses. Estão dizendo que foi ele, mas meu não sei de nada”, afirma.

“Na cena do crime há evidências de que não foi praticado por uma única pessoa. Há vestígios de crueldade. E ele [Deividison] está sendo preso por ter contribuído com o assassinato”, diz Furtado.

Ainda na casa ao lado, que seria de uma irmã de Nilton, foi encontrado certa quantidade de substância branca dentro de um saco plástico, em cima da geladeira. “Aparentemente é droga, cocaína. Se a perícia confirmar, a mulher também será detida e autuada por tráfico de drogas”, comentou o policial Flávio Trindade. Nilton estava desaparecido do local. A Divisão de Homicídios continuará investigando o caso.

(Diário do Pará)

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