Para o delegado Eder Mauro, tem sido comum a prisão de pessoas do sexo feminino em suas apreensões no combate às drogas. Para ele, a relação afetiva entre mulheres e traficantes seria o passaporte para a inserção feminina nesse contexto. “O traficante é preso e como o dinheiro da comercialização de entorpecentes era o sustento da família, a companheira precisa assumir o posto para dar sequência no negócio”, afirma Eder Mauro. 

Ainda de acordo com Eder Mauro, as mulheres também têm se envolvido em outras modalidades de crime. “Elas também têm se envolvido em assaltos a mão armada, são sempre usadas para servir como informantes em golpes do sapatinho em agências bancárias, servem para esconder armas de amigos ou companheiros. A presença delas é marcante sim no crime”,disse Eder Mauro. 

Para o experiente delegado, o problema é macro, que envolve vários fatores sociais, como instabilidade familiar e falta de oportunidade na vida. “Os laços familiares não existem mais. Os costumes foram trocados, pois os filhos não querem mais sair com os pais e sim ir para a festa de aparelhagem. Assim como os homens, as mulheres que se envolvem, em sua maioria, com o crime é por questão de necessidade, de querer conseguir as coisas na vida através do crime”, concluiu o delegado. 

(Diário do Pará)

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