Um sargento da Polícia Militar (PM) reagiu e escapou de um assalto, em Belém, ontem à tarde. Durante a ação, o PM baleou um dos assaltantes. O nome do criminoso ferido é Pedro Pereira Lisboa, 22 anos. Ele levou 3 tiros do PM e, ao ser detido, disse que era irmão do jogador Yago Pikachu, do Vasco da Gama, e filho do sargento Carlos Lisboa, também da PM.
Para esclarecer o caso, o DIÁRIO tentou falar com Pikachu - cujo nome é Yago Lisboa - e com o pai do jogador, o sargento Lisboa. A assessoria de imprensa do craque disse que ele não falaria sobre o assunto. Mas o pai do jogador concedeu uma entrevista exclusiva ao DIÁRIO, por telefone, explicando toda a situação:
“Pikachu não tem nada a ver com isso”
O DIÁRIO conversou, por telefone, com o pai de Pikachu, o sargento Carlos Lisboa, da PM, para esclarecer o caso. Confira a seguir:
DIÁRIO: O senhor é pai de Pedro Lisboa, o rapaz que tentou assaltar um PM? Lisboa: Não sou o pai dele.
DIÁRIO: Mas seu nome aparece como pai, em todos os documentos de Pedro. Lisboa: É que, no papel, eu sou pai. Mas, na prática, não.
DIÁRIO: Como assim? Lisboa: Nos anos 1990, eu tive um caso com a mãe desse rapaz. Na época, ele tinha uns 3 anos, mas não tinha registro, não estudava. Eu quis ajudar e resolvi registrar a criança.
DIÁRIO: O senhor sabia que ele tinha envolvimento com crimes?
Lisboa: Não. Eu me afastei da mãe dele há muito tempo. Hoje, só quero saber da minha família, minha mulher e meus 2 filhos, Pikachu e a irmã dele.
DIÁRIO: Por que o senhor acha que Pedro citou o senhor e Pikachu logo após ser baleado pela polícia? Lisboa: Acho que ele queria usar o meu nome, que sou sargento da PM, e o de Pikachu para se livrar da PM.
DIÁRIO: O senhor pensa em ajudar Pedro?
Lisboa: Se ele escolheu esse caminho do crime, é problema dele. Eu só quero cuidar da minha família. Pikachu não tem nada a ver com isso tudo.
A OCORRÊNCIA
A tentativa de assalto aconteceu por volta das 13h30, quando o PM - que não quis se identificar - estava em um lava-jato, no bairro da Sacramenta. “Foi quando dois jovens se aproximaram, numa moto, e anunciaram o assalto”, disse o policial. “Eles queriam que eu entregasse meu cordão de ouro”. Segundo o PM, um dos criminosos estava armado.
“De repente, uma arma já estava apontada para a minha cabeça. A única reação que tive foi de me defender”, lembrou o sargento. O também sargento Balbino, do 1° Batalhão da PM fez parte da ação policial realizada logo após o episódio. Balbino disse que, quando sua equipe chegou ao local, Pedro Lisboa já estava baleado. “Ele foi levado ao Hospital Metropolitano de Ananindeua”.
Balbino acionou uma ambulância do Samu, que socorreu o assaltante. A arma que Pedro portava - um revólver 38 - foi apreendida e levada à Seccional da Sacramenta, onde o caso será investigado. De acordo com o Boletim de Ocorrência, Pedro Lisboa é foragido do Sistema Penal e responde por crimes de latrocínio, homicídio e roubo. Até o fechamento desta edição, a assessoria do hospital não havia informado o estado de saúde dele.
(Celso Rodrigues/Diário do Pará)
Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.
Comentar