Um sargento da Polícia Militar - afastado das atividades junto à segurança pública por causa de sua candidatura a vereador de Belém - reagiu e acabou matando o homem que ele diz que tentou assaltá-lo. O caso aconteceu na passagem Santo Amaro, bairro Val – de – Cans, por volta das 15h de ontem. De acordo com o relato do policial, sargento PM Cláudio Brandão, ele seguia naquela rua acompanhado de um grupo de pessoas que o ajudam na campanha eleitoral, no momento em que Fabrício da Cruz Pinto, de 18 anos, saiu da passagem Ariri, onde mora, e abordou diretamente o militar.
“Ele chegou apontando a arma pra cima e logo gritando: ‘perdeu, perdeu’. Eu já estava no ‘fogo’ mesmo e não me intimidei”, contou Cláudio Brandão à reportagem. “Dei 3 tiros nele”, acrescenta. Segundo o sargento, Fabrício tentou assaltá-lo há 2 meses, na praça principal do bairro do Marex. O policial reagiu outra vez e o baleou. “De lá pra cá, ele vinha me ameaçando”, conta ainda o sargento PM.
Mas dessa vez, Fabrício utilizava uma arma de brinquedo, uma cópia de pistola calibre ponto 40. “É igual a minha. Não tinha como saber naquela hora que não era de verdade”, justifica Brandão, dizendo ainda que o rapaz estava acompanhado de outro jovem, mas que teria fugido. Após o crime, o policial se apresentou na Seccional Urbana da Sacramenta. O delegado Albertino Santos Filho, ouviu o sargento e instaurou inquérito para apurar o caso. Enquanto isso, as armas apreendidas serão periciadas e o PM foi liberado.
O diretor da Seccional, Alberto Teixeira, explicou ainda, que Fabrício completou 18 anos no último dia 3. “Mesmo que as pessoas comentem sobre os crimes que ele cometeu, os atos infracionais quando adolescente são sigilosos”, comenta o policial civil.
“A gente anda e vive sobressaltado. Não dá pra olhar a arma primeiro pra saber se é de verdade ou não. Principalmente de uma pessoa que já tem um histórico no bairro e era conhecido por nós como alguém que dava dor de cabeça”, disse o sargento Wilmo Oliveira, do 1° Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência do crime.
(Michelle Daniel/Diário do Pará)
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