Familiares e amigos observavam o corpo caído na pista de bloquete de concreto e todos, incluindo as testemunhas, relatavam as mesmas características do veículo usado pelo assassino: um carro prateado. Após a chuva, que se estendeu até o início da madrugada de ontem (10), Ricardo Alves dos Santos, de 23 anos, deficiente físico, foi assassinado com 5 tiros e não teve qualquer chance de defesa, por volta de 2h.

O homicídio, por motivos ainda desconhecidos foi na beira do canal do trecho da travessa Quintino Bocaiuva, entre a travessa Tupinambás e avenida Roberto Camelier, no bairro do Jurunas, em Belém. Os policiais não foram informados sobre o modelo e placa do veículo utilizado pelo autor dos disparos e nem a quantidade de envolvidos no crime.

“Só o que nos repassaram era que ele (vítima) estava sozinho aqui, na beira do canal, quando um carro prata se aproximou e uma pessoa atirou nele. Não souberam dizer quantos eram. Ninguém quis falar mais nada aqui”, disse o aspirante da Polícia Militar (PM) Luiz Benjamin.

Policiais da Divisão de Homicídios (DH) e peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves foram acionados, para realizarem o levantamento de local de crime. Segundo delegado da Polícia Civil Dauriedson Bentes, nem mesmo os familiares da vítima souberam dar muitas informações aos investigadores da Polícia Civil. “Os parentes dele não falaram muita coisa. A mãe dele informou que ele era deficiente físico porque levou uns tiros nas pernas, em 2010, mas não entrou em detalhes”. Os familiares dele não quiseram conversar com a imprensa sobre o caso.

Durante as análises no corpo de Ricardo e ao examinar o cenário do assassinato nenhum vestígio dos criminosos foi encontrado pelos peritos criminais. “Ele foi atingido por 2 tiros na cabeça, um no pescoço, um no braço e um na mão direita, quado tentava se defender. Não tivemos como saber o tipo de arma usada porque não havia nenhuma evidência no local”, declarou o perito Robson Nunes.

O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), para a necropsia. O caso deverá ser investigado pela Delegacia de Polícia do Jurunas. Até o fechamento dessa edição, a polícia ainda desconhecia o paradeiro e a identidade de qualquer suspeito de participação no homicídio.

(Fabrício Nunes/Diário do Pará)

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