Localizado às proximidades da movimentada avenida Augusto Montenegro, em Belém, o conjunto Maguari já foi um local tranquilo e bastante requisitado por aqueles que estavam buscando uma residência num espaço pacato e livre do caos do centro urbano. Há alguns anos, o conjunto perdeu o ar bucólico e passou a inserir, em seu cotidiano, as mesmas mazelas dos bairros centrais da capital, como a falta de saneamento básico e principalmente a ausência de segurança pública. Esta, sem dúvida, é a principal queixa de moradores e comerciantes da área, que acumulam prejuízos incontáveis com a ação desenfreada de assaltantes a qualquer hora do dia. Hoje, eles são obrigados a viverem atrás das grades, de suas casas ou de seus empreendimentos. Uma solução paliativa, que não garante a imunidade total contra os criminosos, que sempre arrumam um jeito de arrombar as casas e assaltar os pequenos comércios.

“Antes, mesmo sem Batalhão da Polícia Militar (hoje o prédio do 24º Batalhão está sediado no conjunto), ou posto fixo da polícia aqui, não tinha tanto assalto e hoje os assaltantes não querem saber. Os criminosos são os mesmos e agem da mesma forma. Eles param geralmente suas motos pretas ou brancas na frente das vítimas e, em seguida, dizem pra não correr senão morre. Uma arma é apontada pelo carona e levam tudo”, declarou uma moradora, que pediu para não ter seu nome revelado, que está há 25 anos no Conjunto, que fica no bairro do Coqueiro. 

Ela também já foi uma das vítimas dos bandidos e, por sorte, teve apenas prejuízos materiais, mas lembrou muito bem como ocorrem as abordagens.

(Diário do Pará com informações de Celso Rodrigues)

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