Três homens envolvidos no baleamento do agente da Polícia Federal Luís Márcio Alvarenga em junho do ano passado, à porta de um edifício no bairro de Batista Campos, em Belém, foram condenados pelo crime de tentativa de latrocínio. Somadas, as penas chegam a cerca de 30 anos. A sentença é de 28 de junho, mas foi divulgada apenas ontem. As informações são da Justiça Federal.

O juiz federal substituto Gilson Jader Gonçalves Vieira Filho condenou Rafael de Sousa Barbosa a 10 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado. Os outros 2 réus, Samuel Felipe Dias Rocha e Maiko Luciano Silva dos Santos, foram condenados a 10 anos de reclusão cada um. 

Os réus ainda poderão apelar da sentença ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília (DF), mas continuarão presos, “tendo em vista a gravidade em concreto do delito comprovadamente praticado pelos réus, que, inclusive, visavam praticar outros crimes com o carro que seria roubado”, conforme justificou o magistrado.

O agente da PF foi atacado no dia 1º de junho do ano passado, por volta das 23h, quando estacionava seu carro em frente ao edifício onde reside. Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, Rafael e Samuel Felipe anunciaram o assalto, enquanto Maiko os aguardava às proximidades, num veículo Gol. Alvarenga foi atingido com um tiro na cabeça e teve roubada sua arma funcional pelos acusados, que fugiram do local. O MPF ressaltou que o policial estava no exercício de suas funções, quando foi assaltado, e os réus foram reconhecidos como os autores logo depois do crime.

Muito embora o MPF, na denúncia, tenha enquadrado os acusados no crime de roubo qualificado por lesão corporal grave, o juiz da 4ª Vara entendeu que ficou tipificado o latrocínio em sua forma tentada. Durante interrogatório na 4ª Vara Federal, Rafael Barbosa confessou ter feito o disparo de arma de fogo a uma distância de 2 ou 3 metros do policial.

(Diário do Pará)

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