A Justiça decidiu nesta sexta-feira (2) pela condenação do cabo da Polícia Militar Victor Cristilder Silva dos Santos, de 33 anos, a cumprir 119 anos, 4 meses e 4 dias de prisão por ter participado da maior chacina já presenciada em São Paulo, quando 12 homicídios foram consumados, além de outras quatro tentativas, em agosto de 2015. A defesa do militar pode entrar com recurso.

A condenação foi justificada diante as características dolosas e pela extrema violência utilizada. Ao todo, foram ouvidas 19 testemunhas entre terça (27) e esta sexta (2). Duas qualificadoras foram aceitas: motivo torpe (banal) e dificuldade de defesa das vítimas. Ele foi absolvido pela acusação de formação de quadrilha.

O cabo PM Santos está preso desde 8 de outubro de 2015 no presídio militar Romão Gomes, zona norte da capital paulista. Ele deve permanecer lá por ser servidor da PM, mas caso seja expulso ou demitido da corporação, ele deixará o local para ser levado à penitenciária de Tremembé.

A CHACINA

23 pessoas foram mortas no período de 8 a 13 de agosto de 2015 nas cidades de Osasco, Barueri, Itapevi e Carapicuíba, na Grande São Paulo. De acordo com os órgãos de segurança, os crimes foram resultados de uma retaliação às mortes de um policial militar e de um guarda municipal. Um relatório do Tribunal de Justiça Militar (TJM) indicava que os acusados faziam parte de uma milícia paramilitar. Oito pessoas foram indiciadas por suspeita de envolvimento nos crimes: sete PMs e um guarda civil.

(Com informações da Folha)

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