O ex-diretor da Circunscrição Regional de Trânsito (1ª CIRETRAN), Claudiomar de Oliveira Furtado e mais 10 pessoas foram presas nesta quarta-feira (20), durante operação “Bincagem Fantasma”, realizada pela Polícia Civil do Pará, nos municípios de Santarém e Aveiro, no oeste paraense.
O grupo é investigado por um esquema criminoso do qual os integrantes são suspeitos de envolvimento em um esquema de corrupção dentro do órgão, como a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A operação objetiva apurar e combater um esquema criminoso do qual os servidores lotados na 1ª CIRETRAN e pessoas ligadas às sociedades empresariais, profissionais autônomos e usuários dos serviços são suspeitos de envolvimento, segundo a Polícia Civil.
Além do ex-diretor, dentre os presos estão o atual gerente do pátio da empresa de leilões de veículos apreendidos; servidores e ex-servidores do órgão; despachantes e um dono de autoescola.
Veja os presos:
Claudiomar Furtado, ex-diretor do Detran;
Márcio Roberto dos Santos Pimentel, ex-assessor de Claudiomar Furtado;
Benedito Silva Lima, o Benê, gerente do pátio da empresa de leilões de veículos apreendidos;
Miguel Ângelo Pereira Costa, servidor do Detran;
Rosinaldo dos Santos, o Naldo, servidor do Detran;
Ivanildo Paulo Pedroso, ex-servidor do Detran;
Rosalba Henrique Vieira, despachante de veículos;
Jonnatha de Sá Oliveira, aliciador de candidatos;
Fabrício Rente dos Santos, dono de auto-escola e aliciador de candidatos;
Waldeci Reis Lemos Mota, despachante de veículos e;
José Luiz Bentes da Costa, despachante de veículos e de CNH.
Esquema foi denunciado em 2015
No total, foram expedidos 35 mandados judiciais, dos quais 18 são de busca e apreensão e 17 de prisão preventiva, de acordo com a PC.
Segundo a polícia, a denúncia sobre o esquema criminoso foi feita pelo próprio Departamento Estadual de Trânsito do Pará (Detran), em 2015, quando as investigação foram iniciadas pela Polícia Civil. Durante o inquérito, foi constatado indícios de infrações penais, entre as quais, associação criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, concussão (extorsão cometida por servidor público), corrupção passiva e corrupção ativa, advocacia administrativa, dentre outras ilegalidades.
A operação foi realizada por policiais civis, sob o comando do NIP (Núcleo de Inteligência Policial), sob direção do delegado Fernando Rocha, e NAI Oeste (Núcleo de Apoio à Investigação), de Santarém, com apoio da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), tendo à frente do delegado Sílvio Maués; da Superintendência da Polícia Civil na Região do Baixo Amazonas; da Superintendência da Polícia Civil na Região do Tapajós; e das Seccionais Urbanas de Santarém e Itaituba.
(DOL)
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