A Polícia Federal cumpre 12 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em uma operação na manhã desta quinta-feira (25) com base em uma investigação que apura fraudes na Eletronuclear.
Silas Rondeau, ministro de Minas e Energia no governo Lula, é um dos alvos. À época do governo petista, Rondeau estava no cargo dentro da cota do então PMDB, sob indicação ao cargo por José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).
Além do ex-ministro, o ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes (DEM-CE), empresários e ex-executivos da estatal são investigados na operação Fiat Lux, que é um desdobramento da Lava Jato ocorre nos estados do Rio de Janeiro (capital, Niterói e Petrópolis), São Paulo e no Distrito Federal.
Segundo MPF (Ministério Público Federal), foi pedido também o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207.878.147,18.
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A investigação gira em torno da análise de contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear. A base para esta etapa, segundo nota da PF, foi a colaboração premiada de dois lobistas ligados ao MDB, que foram presos em 2017.
Em nota, o MPF diz que a colaboração premiada "elucidou o pagamento de vantagens indevidas" em pelo menos seis contratos firmados pela Eletronuclear. "Os recursos eram desviados por meio de subcontratação fictícia de empresas de serviços e offshores, que por sua vez distribuíam os valores entre os investigados", diz a nota.
Ainda segundo o MPF, a exigência de propina teve início quando Othon Pinheiro "chegou à presidência da estatal como contrapartida à celebração de novos contratos e ao pagamento de valores em aberto de contratos que se encontravam em vigor'.
O MPF informou que solicitou a cooperação internacional, pois parte do esquema operou com empresas sediadas no Canadá, na França e na Dinamarca.
OPERAÇÃO RADIOATIVIDADE
Operações anteriores envolvendo investigações sobre irregularidades na Eletronuclear geraram, em 2019, a prisão preventiva do ex-presidente Michel Temer.
Posteriormente, ele foi denunciado por corrupção, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro ou recursos públicos em benefício próprio).
Segundo a PF, a fase de hoje não abrange alvos das operações Radioatividade, Irmandade, Prypiat e Descontaminação, todas relacionadas a investigações na Eletronuclear. A primeira operação relativa ao caso ocorreu em julho de 2015 e ganhou o nome de Radioatividade. Ela investigava desvios nas obras da usina nuclear de Angra 3.
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