A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) da Covid-19 não apreciou o requerimento de convocação da médica cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar . O pedido deve ser apreciado somente na próxima semana e, caso seja aprovado, ela poderá fazer o testemunho por escrito ou por vídeo, porém o recurso de entregar seu testemunho de forma remota não é consenso entre os membros do colegiado.
O depoimento à distância seria para evitar riscos à profissional, que estaria sendo pressionada e ameaçada de morte. Ludhmila Hajjar recebeu um convite direto do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) para assumir o Ministério da Saúde, mas recusou no dia 15 de março. No lugar dela, assumiu o atual chefe da pasta, Marcelo Queiroga.
Omar Aziz não concorda com o depoimento em vídeo e insistiu que não vai abrir precedente a ninguém. “Se ela quiser depor, que ela vá à CPI”. Hoje a Comissão se mobilizou para assistir um depoimento da médica em vídeo, mas a exibição foi suspensa. O senador Alessandro Vieira (sem partido) pede atenção para testemunhas pedindo segurança policial somente por testemunhar na CPI. Ele reconhece o risco pessoal e diz que estamos em um “Estado Miliciano.”
CGU
Em meio às polêmicas, a Comissão aprovou ainda a convocação do ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário, e retirou da pauta os requerimentos para convocação do ex-secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Eduardo Gabas. A apreciação foi adiada para a próxima terça-feira (15).
Humberto Costa se opôs à convocação de Gabas e afirmou que as investigações sobre a compra de respiradores não cabem à CPI, uma vez que não envolve recursos federais. Ele pede a confirmação dessas informações e entende que não cabe a votação. Eduardo Braga lembra que o pedido de Humberto de esperar até semana que vem para confirmar as informações é razoável.
O senador Randolfe Rodrigues (Redes/AP) apresentou pedidos para convocar o presidente da farmacêutica EMS e para a quebra de sigilo da empresa da Apsen. Os requerimentos devem ser avaliados só semana que vem.
Hoje também foi aprovado o convite para Fernando Zasso Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Ele deve debater, entre outros temas, as ações e omissões do governo federal na aquisição de vacinas contra a covid-19. Também está convidado o representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) para debater, entre outros temas, os recursos do SUS repassados para Estados, DF e municípios e executados diretamente pelo Ministério da Saúde relativos ao combate à Covid-19.
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