“O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”. A frase foi proferida pelo Ministro da Economia do Brasil, o doutor, Paulo Guedes, durante palestra na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, em fevereiro de 2020. Na ocasião, Guedes estava se referindo à classe dos servidores públicos brasileiros.
Por conta de suas declarações, Paulo Guedes foi condenado a pagar uma indenização de R$ 50 mil por ofender e agredir verbalmente a categoria. A sentença foi proferida no dia 16 de junho pela juíza Cláudia da Costa Tourinho Scarpa, da 4ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia (SJBA). A juíza acatou o pedido do Sindicato dos Policiais Federais da Bahia (Sindipol-BA).
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Em sua análise, a magistrada afirmou que Guedes havia violado “os direitos da personalidade dos integrantes da categoria profissional representada por este ente sindical, por meio dos seus pronunciamentos”.
Claudia Tourinho destacou, ainda, que o ministro “atacou – despropositadamente – a categoria dos servidores públicos” e que suas manifestações “excederam os limites estabelecidos pelos bons costumes, pois não se espera que um Ministro de Estado ofenda os próprios agentes estatais”. Ela reforça que “tais pronunciamentos violaram a honra e a imagem dos servidores públicos, que – por meio de eufemismos – foram rotulados de parasitas, assaltantes e preguiçosos.
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