Diferentemente do que disse o caminhoneiro Marco Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, o Itamaraty afirma que a Embaixada do Brasil no México não se mobilizou para que ele seja detido.
"Zé Trovão" é achado no México e diz que vai se entregar
Zé Trovão é um dos articuladores das manifestações do 7 de Setembro e dos bloqueios nas estradas desde então.
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (9), ele afirmou que estava no México, que a embaixada havia entrado em contato com seu hotel e que policiais deveriam prendê-lo em breve.
"Estou no México e a embaixada brasileira acaba de entrar em contato com o hotel que eu estou. Em alguns momentos a polícia provavelmente vem aqui me recolher e vai me levar preso. Eu não cometi nenhum crime. Estou indo para o Brasil provavelmente preso. Preso politicamente, por crime de opinião", disse Zé Trovão no vídeo.
Ele está foragido, pois o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou sua prisão e até o momento ele não foi encontrado.
"O Itamaraty tomou conhecimento pela imprensa de que o senhor Marco Antônio Pereira Gomes ("Zé Trovão") estaria no México. Nem o Itamaraty, nem a Embaixada do Brasil no México recebeu, até o momento, pedido formal para tramitar pedido de cooperação jurídica, nos termos do tratado de extradição em vigor entre Brasil e México. É equivocada a informação de que a Embaixada teria se mobilizado para a detenção do cidadão brasileiro", diz nota enviada à coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
"Em processos de extradição, o papel que cabe a qualquer missão diplomática é o de encaminhamento de decisões emanadas da Justiça, por meio de cooperação jurídica internacional, e executadas por autoridades policiais do próprio país, no marco de obrigações derivadas de acordos internacionais", completa o texto.
Mesmo foragido, Zé Trovão continuou gravando vídeos. Nesta quarta-feira (8), por exemplo, incitou os caminhoneiros a "fecharem tudo" enquanto não houvesse destituição dos ministros do STF.
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