A deputada federal Joice Hasselmann (SP) filiou-se ao PSDB nesta quinta-feira (7) em clima de prévias. Nome forte no Congresso, ela foi alçada como um dos destaques do partido para a Câmara em 2022 e para compor o grupo do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nas prévias tucanas à Presidência da República.
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Joice foi eleita pelo PSL em 2018 como deputada mais votada do país na onda de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (eleito pelo PSL, hoje sem partido). Ela rompeu com o bolsonarismo no primeiro ano de governo, se distanciou de grande parte dos ex-colegas, incluindo Carla Zambelli (PSL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e se aproximou mais de Doria, presente no ato.
"A gente precisa de alguém que pense Brasil. Não de alguém que fique lacrando nas redes, vimos que não deu certo. Tenho certeza de que o PSDB está trabalhando para ter um projeto de Brasil e que seja nem-nem: nem Lula nem Bolsonaro", declarou a deputada, na sede estadual do PSDB, adornada com banners de Doria.
"Estou aqui para trabalhar por João Doria à presidência da República, esta é a terceira via. Fiz campanha para ele em 2018 e estarei com ele e com o [vice-governador Rodrigo] Garcia", disse Hasselmann.
Em 2018, ainda no PPS (hoje Cidadania), chegou a flertar com o PSDB, mas seguiu Bolsonaro. Em 2020, candidata, deu umas cutucadas no ex-prefeito Bruno Covas, morto em maio, e em Doria, mas acabou do lado tucano no segundo turno.
Ela também apoiou a candidatura derrotada de Baleia Rossi (MDB-SP), endossada por Doria e Rodrigo Maia (sem partido-RJ), à Câmara dos Deputados. Ao anunciar a saída do PSL, ela disse ter sido procurada pelo ex-presidente Michel Temer para o MDB, pelo Podemos, e por ACM Neto, então DEM e agora União Brasil, mas preferiu encampar um projeto voltado às mulheres no partido.
"É um momento histórico para o PSDB, a mulher mais votada do Brasil, com 1,8 milhão de votos", declarou Doria. Também estavam presentes Bruno Araújo, presidente nacional do partido, o deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP), o chefe da casa civil Cauê Macris (PSDB-SP) e Marco Vinholi, presidente estadual e secretário de Doria.
O PSDB disputará prévias para escolher o candidato à presidência da República em 21 de novembro. Doria e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disputam a dianteira voto a voto. Joice está fora do prazo, findado em março, para poder votar no pleito interno, mas é mais uma demonstração de força de Doria. "Eu não voto, mas estou conseguindo voto", declarou ela.
Rodeados por banners de "Corrente da vitória com João Doria", o governador falou sobre a força do partido no estado e destacou as 261 prefeituras tucanas em São Paulo -uma conta importante para as prévias.
"Aqui não tem espaço para muro. Quando você, Bruno Araújo, declarou o PSDB um partido de oposição ao governo, foi aplaudido por toda a bancada aqui no estado de São Paulo", declarou Doria em referência à equipe de Leite, que luta uma postura neutra.
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