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URNA ELETRÔNICA

Bolsonaro volta a lançar dúvidas sobre o resultado eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro (PL) questionou, novamente, a validade de urnas eletrônicas nesta quarta-feira (30)

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro volta a lançar dúvidas sobre o resultado eleitoral camera Não é a primeira vez que o presidente Jair Bolsonaro tenta colocar em xeque a credibilidade do voto eletrônico | Divulgação

Apesar de uma fraude nas eleições com urnas eletrônicas nunca ter sido comprovada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a lançar dúvidas sobre o resultado eleitoral ao afirmar, nesta quarta-feira (30), que os votos da disputa deste ano "serão contados" e que "não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos". As declarações foram dadas durante uma cerimônia em Parnamirim (RN), na região de Natal.

"Nós defendemos a democracia, a liberdade, e tudo nós faremos, até com sacrifício da própria vida, para que esses direitos sejam relevantes e cumpridos, de fato, no Brasil", disse o presidente

Com a urna eletrônica, a contagem dos votos é feita automaticamente pelo próprio equipamento logo após o encerramento da votação. Depois, os resultados são transmitidos por meio de uma rede privada para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), onde são somados por um supercomputador. Cada urna também emite boletins com o resultado da votação naquele equipamento específico, e este documento pode ser confrontado com a soma feita pelo TSE.

As urnas eletrônicas são auditáveis e este procedimento é feito durante a votação. O processo é chamado Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas (ou "votação paralela"). Na véspera da votação, juízes eleitorais de cada TRE (Tribunal Regional Eleitoral) fazem sorteios de urnas já instaladas nos locais de votação para serem retiradas e participarem da auditoria.

Em agosto do ano passado, numa derrota para o presidente, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou proposta que pretendia incluir um módulo de voto impresso ao lado das urnas eletrônicas a partir das eleições deste ano. A votação ocorreu no mesmo dia que um desfile inédito de blindados na Praça dos Três Poderes, em Brasília, gerou protestos, principalmente da oposição.

No ano passado, o então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, anunciou a criação de uma comissão de transparência das eleições e convidou as Forças Armadas a participarem. A presença de um representante tem como um de seus efeitos esvaziar um eventual discurso de golpe, declarou o ministro em entrevista à revista Veja, em setembro.

Bolsonaro havia amenizado o tom no ano passado sobre o assunto, após uma crise institucional e passou a chancelar o atual sistema de votação.

Em 2022, no entanto, voltou à carga. No início de janeiro, após ter alta hospitalar, o mandatário já havia indicado - mais uma vez sem apresentar provas - que existiriam supostas "fragilidades" no sistema eleitoral.

Bolsonaro chegou ao evento montado em um cavalo branco e repetiu que a luta dele é "do bem contra o mal". "Cada vez mais a população entende quem está do lado do bem e quem está do lado do mal. A luta não é da esquerda contra a direita, mas do bem contra o mal e bem sempre venceu. Dessa vez não será diferente, o bem vencerá", disse.

O presidente vem investindo no discurso do "bem contra o mal" desde o último domingo (27), quando participou de um evento eleitoral do PL no Distrito Federal, que pretendia ser o lançamento da pré-candidatura à reeleição do presidente. A cerimônia foi alterada na véspera, sob o risco de ferir a legislação eleitoral.

No evento desta quarta-feira, imagens mostram o presidente chegando ao local da cerimônia em um cavalo branco com a bandeira do Brasil. Ao lado dos ministros Fábio Faria (Comunicações), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e João Roma (Cidadania), Bolsonaro participou de um evento de inauguração de uma estação de VLT na cidade. Marinho, que é potiguar, vai concorrer a uma vaga no Senado pelo estado.

A cerimônia com a participação do presidente faz parte da agenda que se intensificou nos estados do Nordeste. De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na última semana, 52% dos entrevistados na região reprovam a gestão do governo federal.

Na semana passada, Bolsonaro esteve no Recife (PE) e em Quixadá (CE). Após o evento desta quarta-feira, em Parnamirim, ele segue para Baixa Grande do Ribeiro, no Piauí, a quase 600 km de Teresina. A cidade tem 11.670 habitantes, de acordo com dados estimados de 2020.

Novos ministros

Em pronunciamento ainda no evento em território potiguar, Roma anunciou que nesta quarta será o último dia dele como ministro. Ele deve disputar o governo da Bahia.

Onze ministros devem deixar o governo até amanhã para disputar as eleições deste ano, como Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos). O prazo de desincompatibilização termina em 2 de abril.

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