O delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, voltou a citar o senador Zequinha Marinho (PL) nesta quarta-feira (15), em uma rede social, após o parlamentar paraense ser mencionado em um série de acusações feitas pelo delegado sobre políticos que vem contribuindo para a destruição da Amazônia, através de atividades garimpeiras.
Segundo ele, os criminosos, responsáveis pelo desmatamento na Amazônia e exploração de garimpos ilegais, têm boa parte dos políticos da região Norte no bolso, incluindo governadores, deputados e senadores. “Eu tenho aqui, uma coleção de ofícios de senadores de diversos estados da Amazônia, que mandaram para o meu chefe dizendo que eu estava ultrapassando os limites da lei, que estava cometendo abuso de autoridade. Teve senador junto com madeireiro me ameaçando”, disse o delegado na última terça-feira (15).
Nesta quarta, o delegado voltou a comentar a repercussão do caso, após ser processado por alguns parlamentares como o senador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) e a deputada federal por São Paulo, Carla Zambelli (PL), que também citados na entrevista que Saraiva concedeu a Globo News.
“Me processe Senador… Só não esqueça do previsto no parágrafo 3º do Art. 138 do Código Penal: Exceção da verdade”, disse o delegado federal direcionado a Zequinha Marinho.
ACUSAÇÕES DO DELEGADO
De fato, no dia 31 de março de 2021, o senador Zequinha Marinho esteve na Cachoeira do Aruã, no rio Arapiuns, em Santarém, no oeste do Pará, acompanhando o ex-ministro Ricardo Salles. Na comitiva, estava também a deputado Carla Zambelli. Neste dia, a equipe do ex-ministro foi recepcionada por madeireiros liderados pelos parlamentares, que eram os porta-vozes dos supostos donos dos lotes de madeira apreendidos.
Antes da viagem para Cachoeira do Aruã, o Ricardo Salles se reuniu em um hotel em Santarém com um grupo de empresários ligados ao setor madeireiro.
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