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ENCONTRO COM EMPRESÁRIOS

“Não queremos a chinesada entrando aqui”, diz Paulo Guedes

A China é a maior parceria comercial do Brasil. No ano passado, foi destino de quase um terço (31,3%) das exportações nacionais

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Imagem ilustrativa da notícia “Não
queremos a chinesada entrando aqui”, diz Paulo Guedes camera Paulo Guedes esteve reunido com empresários do agronegócio | Fábio Rodrigues Pozzebom

O ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu nesta sexta-feira (26) a abertura da economia e a redução de impostos, mas disse que o governo Jair Bolsonaro (PL) não vai "botar a 'chinesada' para pegar nossa indústria" e que as empresas brasileiras precisam estar fortes para serem competitivas.

"O empresariado brasileiro tem uma bola de ferro na perna direita, que são juros muito altos, uma bola de ferro na perna esquerda, que são impostos muito altos, você bota um piano nas costas dele, que são os encargos trabalhistas, e fala: 'corre que o chinês vai te pegar'", disse Guedes em evento com empresários do agronegócio no Rio Grande do Sul.

"Não queremos a 'chinesada' entrando aqui quebrando nossas fábricas, nossas indústrias, de jeito nenhum. O que queremos é uma coisa moderada. Baixamos o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 35%, vamos acabar com o IPI", continuou.

A China é a maior parceria comercial do Brasil. No ano passado, foi destino de quase um terço (31,3%) das exportações nacionais, somando US$ 87,751 bilhões -nível semelhante ao recorde de 32% registrado em 2020, segundo dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais.

Guedes voltou a chamar o IPI de "imposto de desindustrialização em massa". "É ridículo, é patético, está errado. É um imposto pago antes de ter renda", criticou.

Na quarta-feira (24), o governo publicou um decreto em que blinda os bens fabricados na Zona Franca de Manaus de redução de IPI, com objetivo de destravar um corte de 35% em aproximadamente 4.000 produtos fabricados em outras regiões do país.

No evento, Guedes também afirmou que o Banco Central "cochilou um pouquinho" no combate à inflação e só elevou os juros antes das demais autoridades monetárias porque foi sacudido pelo governo.

"Todo mundo dormiu ao volante, o nosso [Banco Central] foi o primeiro a acordar, cochilou um pouquinho também, mas foi o primeiro a acordar porque nós sacudimos. Você é independente. Acorda, pô. Você é independente. Na mesma hora, começou a subir [os juros]", disse.

No início de agosto, o Copom (Comitê de Política Monetária) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, a 13,75% ao ano, e disse que avaliará a necessidade de uma nova alta de menor magnitude no próximo encontro, em setembro.

O chefe da pasta econômica disse esperar ver redução da Selic logo após a virada do ano. Segundo ele, os juros altos estão segurando o crescimento do país em 2022. "O Brasil já estaria crescendo 4% neste ano. Como o juro está bem alto para frear a inflação, está crescendo 'só' 2,5%", afirmou.

Para 2023, a expectativa de Guedes é que o avanço seja maior. "No ano que vem, como a inflação já cai neste ano e no ano que vem cai de novo, o juro começa a descer, [o Brasil] vai crescer mais de 2,5%, vai ser 3%, vai ser 3,5%. Vamos crescer mais ainda."

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