Da carteira de vacinação do presidente Jair Bolsonaro (PL) aos nomes de quem visitou a primeira-dama Michelle no Palácio da Alvorada: o atual governo impôs sigilo de 100 anos a informações que deveriam ser públicas em, pelo menos, 65 casos. É o que aponta o levantamento feito pelo Estadão, que compreendeu o período entre 2019 e 2022.
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O atual governo não vai longe: foi negado o acesso também ao caso da prisão do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho no Paraguai e do médico bolsonarista no Egito. Tudo está sigiloso sob a alegação de que se tratam de informações pessoais. Os pedidos rejeitados foram inicialmente apresentados por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) em 11 diferentes ministérios.
O maior número de pedidos negados está no Exército. Foram, pelo menos, 21 solicitações recusadas. Pedidos como: quais ministros têm porte de arma ou o que solicitou a cópia de uma ficha funcional de Fabrício Queiroz - ex-assessor de Flávio Bolsonaro acusado de operar esquema de rachadinha. Também foi solicitada a apuração disciplinar do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
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Ainda de acordo com o levantamento do Estadão, entre 2019 e 2021, foram 26,5% dos pedidos de informação negados pelo atual governo. A taxa é considerada duas vezes maior do que a da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e quatro pontos percentuais maior do que a do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).
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