O ator Alexandre Frota (PSBD), 58, recebeu 24.189 votos, insuficientes para assumir uma cadeira na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). O dado considera 99% das urnas apuradas.
Seu partido, em federação com o Cidadania, conquistou 11 vagas na assembleia, segundo a última parcial do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Levando em conta só o PSDB, Frota foi o 23° candidato em votação.
À reportagem Frota disse que já estava preparado para a derrota. "Eu já esperava o resultado adverso da minha campanha. O PSDB se esfacelou nessa eleição, e não foi por falta de aviso. O Rodrigo não conseguiu dar continuidade ao trabalho, mesmo com a máquina na mão. O PSDB sai praticamente liquidado, e essa quebra do partido respinga em todos nós", diz Alexandre Frota.
Essa foi a segunda tentativa de Frota de conquistar mandato político. Em 2018, então pelo PSL, ele foi eleito deputado federal com mais de 155 mil votos.
Depois de eleito, Frota foi um dos primeiros parlamentares a deixar a base de Bolsonaro. Em agosto de 2019, ele teve sua expulsão do PSL anunciada após fazer críticas à gestão do presidente da República. Poucas semanas depois, anunciou sua filiação ao PSDB na companhia do tucano João Doria, então governador de São Paulo.
O ex-deputado federal declara que a insistência dos tucanos, principalmente do presidente do diretório paulista Marco Vinholi, em nomes errados, além da falta de um candidato à presidência, apequenam o partido.
Frota também fez acenos a Lula e Márcio França (PSB), derrotado na disputa pelo senado. "Lamento muito que as pessoas não tenham me dado a oportunidade de estar na Alesp, mas aproveito a oportunidade para me colocar à disposição do Lula neste segundo turno. Também já liguei para o Márcio França, infelizmente não eleito. A esquerda tem problemas comigo pelo passado, mas estou de olho no futuro."
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