No último domingo (30), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se envolveu em uma polêmica. Descumprindo uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, a instituição fez diversas abordagens em transportes públicos.

O diretor da PRF Silvinei Vasques, foi intimado por Alexandre de Morais para explicar a razão da Polícia Rodoviária Federal estar realizando operações em transporte público de eleitores.

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Quem é Vasques?

Silvinei Vasques se tornou inspetor da Polícia Rodoviária Federal em 1995 onde exerceu atividades de gerência e comando. Ele foi chefe na Superintendência nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro e também atuou como Coordenador-Geral de Operações.

Vasques tem ligações com o PSL de Santa Catarina e entre 2007 e 2008, ocupou dois cargos de confiança na prefeitura do município de São José, quarta cidade mais populosa do estado. Na época, a adminstração era feita pelo então prefeito  Elias Fernando Melquíades (PSL) .

Silvinei Foi Secretário Municipal de Segurança Pública e depois comandou a pasta dos Transportes.

Ele tem um extenso currículo, fez graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina, em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí, em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Catarina e especializado em Gestão Organizacional pelo Centro Universitário de Maringá. Vasques também tem mestrado em Administração pela Universidade Uniatlantico, na Espanha e doutorado em Direito pela Universidade Católica de Santa Fé, na Argentina.

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O servidor faz parte do quadro de instrutores da UNIPRF e participou de cursos policiais no Brasil e no exterior, entre eles, o curso da Escola da Swat (Course Swat School - HSS International) , no Departamento de Polícia de Orange, na Califórnia (EUA).

Agressão a frentista

Antes da polêmica do último domingo (30), Vasques se envolveu em outra confusão. Durante depoimento a polícia civil de Goiás, um frentista afirmou que um membro da equipe de Silvinei o espancou por se recusar a lavar uma viatura da PRF. O homem só cessou as agressões pós funcionários do posto gritarem e clamarem para ele parar.

Em 2012 a União foi obrigada a pagar R$ 20 mil à vítima da violência policial. A indenização foi paga e a União cobrou o valor de Silvinei que recorreu então à Justiça de Santa Catarina.

O jornal Metrópoles solicitou dados sobre os processos envolvendo o servidor, recebeu como respostas que as ações têm "acesso restrito pelo prazo máximo de 100 anos".

O presidente do TSE Alexandre de Moraes, afirmou que as operações da PRF no nordeste não prejudicaram a votação, mas disse que serão investigadas.

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