Acará: invasores são presos com munição e quase R$ 20 mil

Em operação realizada pela Polícia Militar do Estado do Pará, nas imediações da Fazenda Paraíso, região do Acará, foi preso um grupo de invasores quilombolas portando munições e alta quantia em espécie no local.

O grupo está ligado à uma série de crimes contra a empresa Brasil BioFuels (BBF), envolvendo furto de containers carregados de frutos de dendê, agressões violentas contra trabalhadores da empresa, disparos de armas de fogo, entre outros crimes.

Os criminosos vêm fortalecendo sua atuação no local, envolvendo o uso de balsa clandestina atracada de forma ilegal em porto privado da empresa BBF. A empresa já enviou oficio à Marinha Brasileira pedindo solução no caso, mas segue sem qualquer tipo de resposta. O uso da balsa clandestina tinha como objetivo facilitar o escoamento de frutos furtados da BBF e agilizar o transporte para empresas receptadoras de frutos ilegais na região.

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado pelas autoridades policiais, um dos indivíduos apreendidos era Wemerson Vanildo Santos Silva. Vanildo é um perigoso criminoso que atua há décadas na região do Acará. Já foi condenado por extorsão e roubo qualificado (Processo 0000041-10.2016.8.14.0076 do TJPA) e teve a pena decretada de 12 anos de reclusão em regime fechado, mas permanecia solto e praticando inúmeros crimes na região.

O mesmo indivíduo possui diversos registros de boletim de ocorrência referentes a invasões de propriedade da BBF, furto de dendê, agressões, disparo de arma de fogo em desfavor dos trabalhadores da empresa, sendo os mais recentes nos dias 01 e 02 de fevereiro, onde fazia parte de escolta armada de frutos roubados e agrediu violentamente trabalhadores da empresa, envolvendo a subtração de 3 containers carregados de frutos da BBF que tinha como destino final empresas receptadoras de frutos que atuam na região do Acará e Tomé-Açu (Boletins de Ocorrência 00167/2023.100158-5 e 00167/2023.100152-8).

Mesmo presos em flagrante na operação de ontem e com inquérito policial detalhando a ação dos criminosos, de forma inacreditável, o juiz Giordanno Loureiro Cavalcanti Grillo, da Vara Única do Acará, concedeu horas depois a liberdade provisória dos indivíduos e estabeleceu a fiança de 1 salário-mínimo.