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INVESTIGAÇÃO DA PF

Jair Bolsonaro deve prestar depoimento em até 10 dias

Na decisão, Moraes disse que a oitiva de Bolsonaro, nos termos indicados pelo Ministério Público, "é medida indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados".

Imagem ilustrativa da notícia Jair Bolsonaro deve prestar depoimento em até 10 dias camera Moraes quer que Bolsonaro seja ouvido em até 10 dias sobre ataques golpistas | Reprodução

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira (14) à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja ouvido em até dez dias no inquérito que investiga os autores intelectuais dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

O pedido foi feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República), com base em conduta praticada pelo ex-presidente no dia 10 de janeiro, dois dias após os atos. Segundo o órgão, na ocasião, Bolsonaro teria supostamente "incitado a perpetração de crimes contra o Estado de Direito".

Na decisão, Moraes disse que a oitiva de Bolsonaro, nos termos indicados pelo Ministério Público, "é medida indispensável ao completo esclarecimento dos fatos investigados".

Ele ainda determinou que a PGR seja avisada da data acordada para, se entender necessário, acompanhar o depoimento. O prazo começará a contar a partir da notificação das partes envolvidas no processo.

O ministro também destacou que Bolsonaro retornou ao Brasil no dia 30 de março, possibilitando a realização da diligência solicitada pelo Ministério Público Federal e encampada pela PGR.

No dia 10 de janeiro, Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais um vídeo com novas mentiras sobre as eleições de 2022. Ele apagou o conteúdo pouco depois.

No material, um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez atacava a segurança das urnas eletrônicas. A publicação trazia ainda as frases "Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]".

Ao contrário do que diz o conteúdo, Lula venceu Bolsonaro nas eleições de 2022 pelo voto popular. O petista teve 50,9% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,1%.

Bolsonaro viajou aos EUA na véspera da posse de Lula e, com isso, não cumpriu o rito democrático de passar a faixa presidencial a seu sucessor no Palácio do Planalto.

A Procuradoria escreveu que não se tem notícia de que atos golpistas tenham se concretizado posteriormente à publicação atribuída ao ex-presidente, mas diz ser pertinente procedimento investigatório sobre o caso.

Também sugere a aplicação, a princípio, da tipificação sugerida no artigo 286 do Código Penal, de incitar, publicamente, a prática de crime. A pena para este crime é de detenção de três a seis meses ou multa.

Segundo a representação assinada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, ainda que a postagem tenha sido feita após os episódios de violência e vandalismo, as condutas apontadas devem ser investigadas.

"Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado", afirma.

O subprocurador também solicitou que fosse expedida ordem ao provedor da rede social para a preservação do vídeo postado no Facebook.

A PF abriu quatro frentes de investigação após os ataques dos bolsonaristas acampados no QG do Exército. Uma delas mira os possíveis autores intelectuais, e é essa frente que pode alcançar Bolsonaro.

Outra pretende mapear os financiadores e responsáveis pela logística do acampamento e transporte de bolsonaristas para Brasília.

O terceiro foco da investigação PF são os vândalos. Os investigadores querem identificar e individualizar a conduta de cada um dos envolvidos na depredação dos prédios históricos da capital federal.

A quarta linha de apuração avança sobre autoridades omissas durante o 8 de janeiro e que facilitaram a atuação dos golpistas.

Também nesta sexta (14) a AGU (Advocacia-Geral da União) entrou com uma ação civil pública contra mais 45 pessoas por depredarem a sede dos três Poderes nos ataques de 8 de janeiro. O pedido é de ressarcimento pelos danos causados.

Com esse chega a seis a quantidade de processos movidos pelo governo contra pessoas que participaram das invasões. Ao todos, são listadas 223 pessoas, três empresas, uma associação e um sindicato nas ações. Os valores pedidos somados chegam a R$ 26,2 milhões.

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