
Durante a operação “Venire”, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (3), investigações apontam que foram forjados os dados do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da esposa Michele Bolsonaro, da filha do casal, Laura Bolsonaro (12 anos), e do ajudante de ordens do Mauro Cid.
A operação, que prendeu até o momento seis pessoas, sugere que os dados alterados foram inseridos em dois sistemas: Programa Nacional de Imunizações e na Rede Nacional de Dados em Saúde (de uso exclusivo do Ministério da Saúde). Mauro Cid foi o responsável por inserir as informações falsas da família Bolsonaro.
Uma vez inseridos os dados falsos, seria possível emitir documentos conhecidos como “passaporte vacinal”. As falsificações aconteceram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 com o objetivo de permitir que extremistas e antivacinas driblassem as restrições para não-vacinados que foram impostas durante a pandemia.
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
Segundo a Polícia Federal, todos os documentos emitidos com dados falsos foram usados no Brasil e nos Estados Unidos.
“As inserções falsas tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários”, comunica a PF em nota e complementa: “A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
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