Os problemas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva só aumentam. O primeiro baque foi a aprovação do Marco Temporal de demarcação de terras indígenas na Câmara dos Deputados. Outro problema é a dificuldade para votar a MP da estrutura dos ministérios. Para mudar o cenário e oferecer um ambiente mais tranquilo ao chefe do executivo, o presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez alguns pedidos ao petista. O pacote inclui o comando de quatro ministérios.
Interlocutores do governo no congresso dizem que Lira quer aliados no Ministério da Saúde e em outras três pastas hoje comandadas pelo União Brasil. O motivo? O partido (União) não tem dado tanto apoio ao presidente mesmo tenta grande espaço na Esplanada dos Ministérios.
Lira defende que Lula entregue a pasta para siglas que não compõe a maioria no Congresso, como o Partido Progressista (de Lira) e o Republicanos.
O União comanda o Ministério das Comunicações, com Juscelino Filho, o do Turismo, com Daniela Carneiro, e o da Integração Nacional, com Waldez Goés.
Como o partido não tem atuado conforme os desejos do governo, não seria impossível o controle das pastas passar para as mãos de Lira.
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O Ministério da Saúde, no entanto, têm causado dor de cabeça ao presidente. A pasta comandada por Nísia Trindade, ao seu olhar, não pode ser entregue em trocas políticas.
CAMPO DA NEGOCIAÇÃO
Diante do risco de ver a MP dos Ministérios ir pelo "ralo", o presidente decidiu entrar no campo da articulação política.
Ele realizou uma reunião de emergência com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e com o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).
Durante o compromisso, conforme apuração do portal Metrópoles, o presidente fez uma ligação a Lira e pediu para que a casa legislativa vote a MP dos Ministérios nesta quarta-feira (31), um dia antes da proposta perder a validade.
Durante a ligação, o presidente da Câmara enumerou os motivos pelos quais ele e os líderes partidários do centrão estariam irritados com o governo federal.
Além da demora na liberação de cargos e emendas parlamentares, Arthur Lira reclamou dos articuladores do governo no Câmara. Segundo ele, os políticos estariam negociando diretamente com os parlamentares, passando "por cima" dos líderes das siglas, uma "desrespeito" e "desprestígio" com os comandantes da casa.
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