A 28ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28) começa na próxima quinta-feira (30) e vai até o próximo dia 12 de dezembro. “Vamos aprender como é feito para não pular etapas. Vamos estudar o que deu certo e o que não deu, para aprendermos com planejamento e ações concretas a fim de realizarmos a melhor conferência de todos os tempos”, afirmou ontem (23), a vice-governadora e coordenadora do Comitê da COP 30, em Belém, Hana Ghassan, sobre a participação do Pará em Dubai, nos Emirados Árabes, sede do evento.
Para isto, a vice-governadora afirmou que uma delegação operacional precursora, com equipes das áreas de segurança e logística do Governo do Estado, vai acompanhar os bastidores da COP 28, todo o desenvolvimento do evento e, principalmente, a matriz de responsabilidade, ou seja, a quem cabe cada demanda. A hospedagem e a mobilidade urbana para os participantes da conferência climática de Belém, em 2025, são os focos principais.
“Para que a gente possa ver, principalmente, o gerenciamento sobre a questão da hospedagem, que está sendo feita de forma centralizada em Dubai, além da questão do transporte e alimentação, que são os itens que mais demandam ações, não somente na capital paraense, mas em todas as conferências que já foram realizadas”, explica.
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ALTERNATIVAS
Já o secretário de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro O’de Almeida, salienta que o Pará também vai levar um balanço do que foi feito e o que ainda deve ser desempenhado no que diz respeito à sistemas alimentares – desde a produção, o processamento e a distribuição dos alimentos à preparação e consumo – sistemas agroflorestais, carbono neutro, transição econômica por meio da bioeconomia, reflorestamento e diminuição do problema da fome.
Ao todo, o Estado vai apresentar 10 alternativas, entre projetos de Lei, decretos e planos de ação, voltadas à diminuição das mudanças climáticas e redução das emissões de gases do efeito estufa.
“O mais importante é o plano estatal de restauração florestal, porque ele se junta ao plano de bioeconomia e se completam em uma estrutura de combate ao desmatamento e diminuição das emissões de gases do efeito estufa por conta das queimadas”, explicou.
O titular da pasta reforça ainda que, desde 2019, o Governo do Estado vem trabalhando a transição ecológica com planos e projetos estruturantes para cooperar com o Brasil e o mundo. “Por isso que o Pará foi escolhido para ser o Estado sede da COP 30, porque o nosso Estado está fazendo diferente do contexto brasileiro. O Pará vem sendo difusor de uma nova economia, mentalidade, de maneira disruptiva, fundamental para a vida do planeta”, completa.
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Captação de recursos
Segundo a vice-governadora Hana Ghassan, a captação de recursos para obras estruturantes necessárias na cidade também está a todo vapor para a realização da conferência, em Belém. Ainda de acordo com a vice-governadora, de ações concretas, a captação do maior volume já liberado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cerca de R$ 3 milhões para diversos projetos apresentados pelo Pará na área de saneamento, infraestrutura urbana, mobilidade e conectividade.
“São obras que vão fortalecer o turismo no Estado. Nós temos a oportunidade de deixar um legado para a cidade durante e depois da realização da COP 30. Para fortalecer todo o trade de turismo do nosso Estado, o Governo já vem adotando ações como, por exemplo, a isenção do ICMS e a rodada de negociações que nós articulamos em conjunto com o BNDES”, disse.
Durante o evento “Rumo à COP30: Rodada de Negócios”, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém, realizado nos dias 22 e 23, oito instituições financeiras estiveram à disposição do trade de turismo para apresentar o crédito diferenciado para o segmento.
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