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TRAMA GOLPISTA?

Bolsonaro pede novamente afastamento de Alexandre de Moraes

Um primeiro pedido de afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já havia sido feito pela defesa do ex-presidente na semana passada, entretanto, foi negado pelo ministro Luís Roberto Barroso. O inquérito investiga a possível existência de uma tentativa de golpe de estado por parte de Bolsonaro.

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Imagem ilustrativa da notícia Bolsonaro pede novamente afastamento de Alexandre de Moraes camera Os advogados do ex-presidente voltaram a pedir o afastamento de Alexandre de Moraes do inquérito. | Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma tentativa de golpe de estado é apurada pelo Supremo Tribunal Federal. O alvo? Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República. Ele é investigado por supostamente arquitetar e planejar, junto com aliados, uma abolição do Estado Democrático de Direito.

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do inquérito que apura a existência de uma trama golpista durante seu governo.

Os advogados querem o impedimento de Moraes, entre outros argumentos por ele figurar, na ótica da defesa, como interessado no processo. O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, negou na semana passada um primeiro pedido do tipo.

Barroso alegou que a defesa não obteve sucesso em fazer “clara demonstração de qualquer das causas justificadoras de impedimento”, que são previstas em lei. Em nova petição protocolada nesta segunda-feira (26), os sete advogados que representam Bolsonaro voltaram a insistir na tese inicial.

Para os advogados, na própria decisão em que autorizou a Operação Tempus Veritatis, que apura a trama golpista, Moraes escreveu “de maneira indubitável, uma narrativa que o coloca no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa”.

O argumento se baseia no fato de que as investigações da Polícia Federal apontam para a existência de uma minuta de decreto que previa um golpe de Estado com a prisão de Moraes. A defesa destacou que o relatório policial indica ter havido o monitoramento dos passos do ministro pelos investigados.

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Por esse motivo, Moraes teria interesse pessoal no caso, e assim não poderia ser também relator, insistem os advogados. “Ora, inegável que a posição do Ministro Relator no papel de vítima implica automática e manifestamente seu interesse direto no feito”, diz a nova petição.

O recurso, um agravo regimental, deverá agora ser apreciado por Barroso, que pode rever sua posição ou remeter a argumentação da defesa para julgamento pelo plenário.

Segundo as investigações da Operação Tempus Veritatis, Bolsonaro e auxiliares diretos, incluindo militares do alto escalão do governo, planejaram um golpe de Estado que seria deflagrado após a derrota do ex-presidente na eleição de 2022.

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