Uma das maiores catástrofes climáticas ainda em curso no Rio Grande do Sul virou todos os olhares do país para o estado, inclusive na busca por culpados.
O estado, que já havia passado por uma situação parecida em setembro de 2023, não teve investimentos o suficiente em estratégias de prevenção de emergências climáticas, e sofre com uma situação ainda pior este ano.
Dentre os 34 parlamentares federais do estado (31 deputados e 3 senadores), apenas três destinaram emendas para prevenção de desastres, segundo a coluna de Juliana Dal Paiva, do ICL Notícias.
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As deputadas federais Fernanda Melchionna (PSOL/RS), Maria do Rosário e Reginete Bispo (PT/RS) destinaram, juntas, R$2,5 milhões para prevenção de desastres no estado, sendo R$1,7 milhões em duas emendas de Melchionna, para a elaboração de projetos de prevenção à erosão costeira e para gestão socioambiental.
As deputadas do PT, por sua vez, destinaram R$500 mil e R$300 mil, respectivamente, para ações de educação ambiental.
Do total, entre todos os parlamentares do estado, foram destinados quase R$1,6 bilhão em 408 aportes diferentes. Por lei, 50% dos recursos devem ser destinados à área da saúde. O restante foi dividido entre transferências diretas às prefeituras, pavimentação de estradas, infraestrutura turística, infraestrutura de quartéis das Forças Armadas, entre outros.
Os dados são do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento da União (Siop), sistema que registra a destinação das verbas federais.
Na última segunda-feira (6), foi anunciado o adiantamento do repasse de R$538 milhões em emendas individuais para municípios do estado, dada a catástrofe.
Segundo as últimas informações, o estado tem 95 mortos e 131 desaparecidos em decorrência da catástrofe nos mais de 400 municípios atingidos no estado.
Além disso, mais de 1,4 milhão de pessoas foram afetadas, 159 mil estão desalojadas e mais 4 mortes são investigadas.
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Nos municípios atingidos, serviços essenciais como fornecimento de água e energia foram suspensos, e há escassez de água potável, comida e combustível.
Algumas cidades estão completamente isoladas e voos de e para a capital, Porto Alegre, estão suspensos até, pelo menos, o fim do mês de maio, por conta da inundação no aeroporto.
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