plus
plus

Edição do dia

Leia a edição completa grátis
Edição do Dia
Previsão do Tempo 27°
cotação atual R$


home
BENDITO SEJA O FRUTO?

"O Conto da Aia" inspira campanha contra PL do aborto

Livro apresenta futuro distópico em país sob um governo fundamentalista religioso

twitter Google News
Imagem ilustrativa da notícia "O Conto da Aia" inspira campanha contra PL do aborto camera No livro, ditadores apostam na submissão feminina para aumentar taxas de natalidade | Divulgação/Hulu

Um país sob um governo fundamentalista religioso de bases cristãs, em que mulheres são proibidas de trabalhar e devem ser completamente submissas aos maridos. Essa é a premissa de "O Conto da Aia", que tem inspirado protestos em prol de direitos reprodutivos em todo o mundo.

No Brasil, após a urgência do PL 1904 ter sido aprovada no plenário da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (12), a história não foi diferente.

Diversas publicações comparam o Brasil a Gilead, país fictício que é cenário do livro de Margaret Atwood, lançado em 1985.

Conteúdo relacionado

A proposta, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), altera o Código Penal e equipara as penas para abortos legais realizados após 22 semanas de gestação às previstas para homicídio simples.

Na atual legislação brasileira, o aborto é permitido em apenas três casos: quando a gestação é fruto de estupro; quando o feto é anancéfalo; ou quando a gestação traz risco de vida a quem gesta.

Caso o projeto seja aprovado, vítimas de estupro que decidem abortar após 22 semanas podem ser condenadas a 20 anos de prisão por homicídio. A pena para essas mulheres seria maior que a de estupradores.

Em protesto, internautas começaram a compartilhar posts e ilustrações que traçavam paralelo entre o Brasil e Gilead, país fictício de "O Conto da Aia" comandado por homens que subjugam mulheres.

Elas são chamadas de aias e sua função nessa sociedade distópica é gerar filhos para as famílias que as dominam. Isso quer dizer que o estupro não é apenas normalizado, mas também estimulado.

As mulheres de Gilead usam roupas e cores prescritas pela sua posição na sociedade: vermelho para as aias e azul para as mulheres casadas. Apesar da violência extremada a que são submetidas, as aias lutam para recuperar sua autonomia e derrubar o governo de Gilead.

Quer ver mais notícias? Acesse nosso canal no WhatsApp

Por esse motivo, a capa vermelha das personagens se transformou em símbolo de resistência aos ataques contra os direitos reprodutivos das mulheres. A vestimenta tem feito parte de protestos em países como Estados Unidos, Inglaterra e Argentina.

No Brasil, o traje também é usado em resposta ao machismo, motivo pelo qual inspirou ilustrações e posts contra o PL 1904.

VEM SEGUIR OS CANAIS DO DOL!

Seja sempre o primeiro a ficar bem informado, entre no nosso canal de notícias no WhatsApp e Telegram. Para mais informações sobre os canais do WhatsApp e seguir outros canais do DOL. Acesse: dol.com.br/n/828815.

tags

Quer receber mais notícias como essa?

Cadastre seu email e comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Conteúdo Relacionado

0 Comentário(s)

plus

    Mais em Política

    Leia mais notícias de Política. Clique aqui!

    Últimas Notícias