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Governo do Pará fala sobre COP-30 em congresso em Brasília

Representantes do governo compartilharam as ações de preparação para a conferência

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Imagem ilustrativa da notícia Governo do Pará fala sobre COP-30 em congresso em Brasília camera Representantes do Governo do Pará no evento em Brasília | Divulgação

O Governo do Pará participou, nesta terça-feira (20), da XIII edição do Congresso Consad de Administração Pública de 2024, realizado em Brasília (DF)

Representantes do estado se apresentaram no painel “COP 30: Caminhos para uma gestão pública mais sustentável”. O secretário Extraordinário para a COP 30, Valter Correia, compartilhou as ações de preparação para a conferência mundial, o maior evento sobre clima no planeta, que será realizado na capital paraense em novembro de 2025.

Valter Correia abriu o painel reafirmando o compromisso do governo federal com a realização do evento em Belém. “Vocês, de estados de todo o Brasil, sabem que são poucas cidades que poderiam receber uma atividade desta magnitude sem ter que fazer investimentos em infraestrutura; e em Belém não é diferente. Mas a cidade está numa localização fantástica da Amazônia, e quando o presidente Lula se candidatou para trazer a COP da ONU aqui para o Brasil, mas especificamente para o Pará, ele sabia o que estava fazendo”, ressaltou o secretário.

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Entre os desafios para a realização da COP, o secretário citou a hospedagem, destacando ao público presente no auditório do Centro de Convenções Ulysses Guimarães os esforços coordenados do Governo do Pará e do governo federal para apresentar soluções à demanda por leitos.

“Nós devemos receber 150 chefes de Estado, e obviamente temos de preparar bem essa infraestrutura da rede hoteleira para recebê-los. Receber quase 50 mil delegados oficiais e mais a parte social, que varia entre 20 e 30 mil pessoas. Mas para isso várias soluções foram adotadas. Em primeiro lugar, há uma linha de financiamento para hotéis junto a bancos públicos. Já estão em fase bem avançada a contratação de dois navios de cruzeiro, que ficarão atracados no porto de Belém e a construção de hotéis cinco estrelas. Obviamente, há toda a parte mais popular. Teremos barracas climatizadas, com capacidade para 500 pessoas; temos escolas que estão em reforma e serão transformadas em leitos para mais 5 mil pessoas, e a construção de habitações modulares”, informou o secretário, assegurando que todos que forem ao Pará terão a experiência da realização da COP na floresta, o que permitirá ao público uma imersão na realidade amazônica.

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“Toda a população que quiser se dirigir a Belém nesse período da COP será muito bem recebida, com muita dignidade, com muito esforço da cidade de Belém e do Governo do Pará”, garantiu Valter Correia.

Ele também destacou que todas as soluções conjuntas para ampliação da oferta de hospedagem terão utilidade após a conferência. “As escolas serão reformadas, as barracas ficarão como legado para as Forças Armadas, as estruturas modulares serão transformadas em unidades administrativas. Teremos a dragagem do rio para permitir a entrada de navios, e os navios terão uma rota regular para a Amazônia. Ou seja, é nova uma possibilidade de estrutura turística bastante forte”, acrescentou o secretário.

“Todas essas obras que estão sendo desenvolvidas em Belém, com recursos tanto do governo do Pará quanto do BNDES e de Itaipu, deixam um legado bastante significativo para a cidade e para o estado do Pará”, conclui Valter Correia.

Debate climático - O secretário de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Mauro Óde Almeida, ressaltou no painel o avanço das ações de combate ao desmatamento no Pará, enfatizando que a COP 30 será um momento para os líderes mundiais reverem o acordo climático de Paris, assinado em dezembro de 2015, e traçar novas metas para a diminuição das emissões de carbono e, desta forma, mitigar as mudanças climáticas.

“A COP de Belém vai ser uma COP do que aconteceu - vai ser Paris+10. O acordo de Paris vai completar dez anos no ano que vem, e vamos fazer uma conferência do que foi efetivamente colocado nesse acordo, qual a perspectiva futura, o que precisa ser adequado. Os países vão apresentar suas novas Contribuições Nacionalmente Determinadas, chamadas NPDs, que são contribuições voluntárias dos países para evitar mudança climática. Portanto, a COP tem uma pauta definida, mas em Belém também entra uma pauta diferente: será a COP da floresta, um elemento que é importantíssimo para o equilíbrio climático do mundo, mas que não é determinante para se conter as mudanças climáticas”, frisou o secretário, que enfatizou a importância de uma ação enérgica dos países mais poluidores do planeta em direção à economia verde.

“O que é determinante para se conter as mudanças climáticas é a redução das emissões vindas do norte global por uso de combustíveis fósseis e as indústrias que estão instaladas”, afirmou Mauro Óde Almeida.

Importância regional - Apesar de salientar a responsabilidade do norte geográfico em relação às mudanças climáticas, o secretário de Meio Ambiente do Pará reiterou a necessidade das ações de combate aos crimes ambientais.

“Nós somos importantes primeiramente para nós mesmos, porque a redução do desmatamento vai contribuir para o equilíbrio climático e a produção de alimentos e água para o próprio Brasil. Portanto, essa COP é uma em que a gente se põe diante de um espelho, mas também lança um olhar sobre a realidade da Amazônia. A Amazônia Legal tem quase 50 milhões de habitantes, que precisam ser bem cuidados e entrar na agenda climática. Precisam se conscientizar que a agenda climática é importante, mas também pode ser uma oportunidade de mudança de vida, de elevação de nível social e econômico das suas famílias”, disse o secretário.

Para Mauro Óde Almeida, o desafio do debate ambiental é o governo apresentar soluções para as famílias que vivem e dependem da floresta. “Qual a oportunidade econômica que o Pará está oferecendo? Primeiro, o combate ao desmatamento. Este é prioritário, não é extraordinário. Nós fizemos um plano, uma política estadual de mudança do clima, um plano setorial de mudança do solo da floresta, combinado com um plano de combate ao desmatamento e promoção do desenvolvimento social, o ‘Plano Amazônia Agora’. E fizemos mais dois programas: um de bioeconomia e um programa de restauração florestal, de recuperação de região nativa. Esses planos se propõem a fazer uma nova economia para o Pará. Uma economia que quer ser líder para o Brasil e para o mundo, porque preconiza a conservação com produção, além da restauração ecológica da floresta”, finalizou o secretário.

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