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20 PERGUNTAS PARA O PREFEITO ELEITO

Igor Normando: "Agora também sou pai de Belém do Pará"

O prefeito eleito de Belém, Igor Normando, falou da necessidade de cuidados com a capital e da falta de zeladoria, problema crônico da capital. Em entrevista ao Dol, o gestor detalhou planos para nos próximos 4 anos na métropole mais importante da Amazônia. Leia!

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Imagem ilustrativa da notícia Igor Normando: "Agora também sou pai de Belém do Pará" camera Igor Normando: soluções para problemas de zeladoria e manutenção em Belém | (Octávio Cardoso/Diário do Pará)

Aos 37 anos, Igor Normando (MDB) se vê diante do maior desafio da sua vida: governar Belém, uma cidade de enormes desafios e uma série de acúmulos de problemas de toda ordem. Apesar da rotina exaustiva de entrevistas desde domingo (27), quando foi eleito prefeito no segundo turno com 56% dos votos válidos, o gestor que deve assumir o cargo em 2025 demonstrou entusiasmo ao chegar para conversar com a equipe do DOL, na última quarta-feira (30).

Ainda impactado pelo ritmo frenético das eleições e da bateria de sabatinas com jornalistas de diversos veículos da capital e nacionais, Normando respondeu sem titubear 20 perguntas acerca dos planos para administrar a capital e de algumas preferências pessoais de quem nasceu se criou na capital, com raros momentos distantes da cidade.

Nas respostas, Igor deixou claro que Belém precisa de um esforço grande para vencer os problemas de zeladoria, como a gestão do lixo e do transporte, e também citou ideias para o turismo e para regiões da cidade mais necessitadas de obras e serviços, de onde grande parte dos votos que o elegeram na disputa contra o policial e deputado Eder Mauro (PL).

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As falas do novo prefeito trazem um tom de responsabilidade geracional: é a hora dos jovens de mais de 30 anos mostrarem o que podem fazer pela cidade que os viu crescer. “Vamos ter um plano de metas importantes para que isso aconteça justamente porque nós temos uma dívida fundamental com a nossa geração, que a nossa geração possa entregar resultado e mostrar para quem duvidava da juventude que a juventude tem capacidade e que a juventude vai entregar resultado e vai transformar a cidade”.

O discurso do novo prefeito, que será empossado no dia 1° de janeiro, é de proximidade e do desejo de deixar um legado de cuidado com capital, a partir de uma metáfora de família, da relação entre um pai e uma filha: “Sou pai da Isabela, sou padrasto e pai de coração da Luiza e da Helena. E sou pai agora também de Belém do Pará. Então eu tenho hoje quatro filhas em que eu vou dedicar toda a minha vida, toda a a minha trajetória, tudo que existe de melhor em mim, para cuidar muito bem dela”.

O prefeito eleito também menciona a transição com a atual gestão da cidade e a relação com o governador, parceria estratégia para projetos e para transformar a COP 30, evento que será realizado em 2025, em um legado para a cidade: “Belém vai voltar a ser a capital da Amazônia e vai ser reconhecida no Brasil e no mundo como tal. A gente não pode pensar que Belém, simplesmente no coração da Amazônia, não possa ofertar ao Brasil e ao mundo uma experiência turística gastronômica e de calor humano”.

Visita do prefeito eleito Igor Normando à redação do jornal Diário do Pará, DOL e RBA.
📷 Visita do prefeito eleito Igor Normando à redação do jornal Diário do Pará, DOL e RBA. |(Octávio Cardoso/Diário do Pará)

Leia na íntegra e veja trechos em vídeos da entrevista com prefeito com o jornalista e editor do portal DOL, Anderson Araújo.

O que Belém pode esperar do novo prefeito eleito? Qual deve ser a sua marca como gestor da cidade?

Belém deve esperar o prefeito apaixonado pela cidade extremamente identificado com tudo que a desenha. Belém é uma cidade fantástica e eu costumo dizer que toda cidade ela não é só o concreto, a cidade é um sentimento, ela é uma alma que habita no coração de cada um que vive nela. Sou extremamente apaixonado por Belém e o que a população de Belém pode esperar do Igor Normando o prefeito da cidade é um prefeito que vai pulsar na mesma sintonia que move todo o belenense que é a paixão por seres da cidade de Belém, mas sobretudo ter orgulho de voltar a ter orgulho de morar aqui, então, eu vou ser alguém que vai trabalhar de manhã, de tarde e de noite para recuperar esse orgulho. É a grande meta do nosso governo: recuperar autoestima da nossa cidade fazendo com que Belém seja uma das principais capitais do Brasil, principalmente, porque a capital da Amazônia e eu, sem dúvida alguma, vou ser alguém que vai perseguir isso do primeiro até o último dia do mandato prefeito.

O senhor já recebeu alguma crítica por causa da idade? O senhor é um dos prefeitos mais jovens do Brasil? Pensou que aos 37 anos teria essa missão tão difícil?

Eu fui candidato a vereador com 19 para 20 anos de idade, eu era o candidato mais jovem da época. Depois fui eleito um dos vereadores mais novos de Belém, com 24 anos de idade, fui secretário de Cidadania muito jovem também, coordenando um dos maiores programas sociais do governo. E por onde eu passei sempre houve um certo preconceito de início pela idade, de dizer que não tinha experiência, diziam ah não ia dar conta do recado. Por onde eu passei eu pude imprimir resultado. Eu pude entregar a para a população tudo aquilo que a população esperava de mim e até mais, muita das vezes surpreendendo as pessoas que duvidavam da capacidade. Acredito que a minha juventude é um grande ativo pra cidade, porque vou dedicar toda a minha energia e toda a minha juventude para mudar a os rumos da nossa cidade, fazer uma gestão disruptiva, fazer com que a tecnologia seja uma realidade para nossa gestão, fazer uma gestão mais enxuta com os gastos públicos sendo realizados com efetividade, com foco no resultado, montar uma equipe que puxe a vontade de entregar resultado, porque de nada adianta você ter bons nomes, mas que já estiveram durante muito tempo na gestão e não tem mais aquela vontade de fazer a as entregas necessárias. A nossa equipe vai ser tomada pelo sentimento arrebatador de mudança e de entrega de resultado. Não vou aceitar que o secretário que esteja na nossa gestão não apresente em seis meses o resultado esperado. Vamos ter um plano de metas importantes para que isso aconteça justamente porque nós temos uma dívida fundamental com a nossa geração, que a nossa geração possa entregar resultado e mostrar para quem duvidava da juventude que a juventude tem capacidade e que a juventude vai entregar resultado e vai transformar a cidade.

Tem um histórico de militância na cidade e de vivência na cidade. Qual seu lugar preferido em Belém?

Praça da República, Complexo Feliz Lusitânia, eu sou apaixonado pelo centro histórico da cidade.

O senhor passou algum tempo fora da cidade, para estudar por exemplo? Como foi essa fase da vida e o que você aprendeu e acha que pode melhorar Belém?

Estudei Cidades Inteligentes na Unicamp, em uma estudo tanto online quanto presencial. Acredito que o ser humano é um pouco do que ele leu, do que ele viveu e do que ele aprendeu vendo principalmente os outros errarem. Trabalho comigo a ideia de que nós somos seres humanos em constante transformação. Eu sou alguém que procura aprender sempre não só com aqueles que têm muito conhecimento, mas até aqueles que não tiveram conhecimento acadêmico, mas tem um conhecimento de vida. Ninguém é tão inteligente ao ponto de não poder aprender e ninguém tem tão pouco conhecimento ao ponto de não poder ensinar. Tenho muita humildade de compreender de que a gente faz gestão ouvindo as pessoas principalmente e fazer com que aquilo que a gente escuta possa transformar em política pública para resolver o problema das pessoas. Então trago comigo a certeza de que eu preciso sempre aprender mais. Eu nunca estou satisfeito com os resultados e sempre acho que a gente pode fazer muito mais e tenho certeza que a gente vai contar com uma equipe também que não vai medir esforços e não vai estar satisfeita, sempre vai querer estar entregando mais resultado. É isso que a gente precisa fazer para que dele além saia do atoleiro que se encontra

O prefeito vai ser encontrado nas ruas? O senhor gosta de festa, de dançar? Vamos encontrar o prefeito em eventos festivos?

Não! E não sou eu não sou da noite, sou do dia. Você vai me encontrar na rua, com certeza, no trabalho ou numa padaria ou simplesmente fazendo um supermercado, mas à noite, não. Depois das 10 horas da noite, confesso que vocês vão ter dificuldade, a não ser que aconteça algum problema na cidade e eu tenha que ir para um centro de monitoramento. Aí, eu vou. Depois das 10 horas da noite, só me tira de casa a minha a minha esposa ou a minha filha pedindo para fazer algo. Fora isso me tirar de casa é difícil.

Quais artistas da música o senhor admira em Belém? Qual música te faz lembrar da cidade?

Tem muitas músicas que que nos lembram da cidade. Desde um brega marcante do Vanderley Andrade quanto “Pecado de Adão”, do Eloy Iglesias. Ele tem Belém tem uma diversidade cultural fantástica, extraordinária e hoje cada e cada vez mais com novas vertentes sendo criadas, como as aparelhagens. O belenense é um mix, é uma mistura de sentimentos, de diversidade, que se revelam da gastronomia, na música, passando pelo audiovisual. Belém respira cultura.

Falando sobre isso, como o senhor pretende usar essa vocação festeira de Belém da sua gestão? Tem algo previsto no setor de turismo que vai aproveitar essas marcas de uma cidade que dança, festeja, gosta de comer bem?

Belém precisa ter um calendário cultural de Janeiro a Janeiro. Nós compreendemos que não existe a cultura que não seja aliada ao turismo e o turismo que não seja aliado à cultura. Belém tem que ter uma política de cultura e turismo alinhadas para que a gente possa oferecer uma boa estrutura, tanto para quem nos visita como para quem mora aqui, e um grande calendário cultural para fomentar a nossa economia. Isso o povo de Belém pode ter absoluta certeza: nós vamos pulsar a cultura de janeiro a Janeiro, vamos abrir a cidade para quem quer fazer cultura, para quem quer ganhar dinheiro com o seu ofício, com a sua arte, e vamos preparar a cidade para isso e, embora o prefeito não seja muito da festa à noite, podem ter certeza de que Belém será, sem dúvida alguma, uma das grandes capitais que vai ter atividade noturna e que vai ter um grande cenário cultural ao longo do ano. Inclusive no aniversário da cidade nós já vamos preparar uma surpresa pra nossa população.

O que o senhor identifica como o pior das últimas gestões da cidade e o que observa como o melhor que pode ser aprimorado na sua gestão?

Para mim, o que existe de pior em Belém é a zeladoria urbana da cidade, a manutenção da cidade. Belém a ainda se discute questões que são primordiais para a gestão funcionar como a questão relativa coleta do lixo, a iluminação pública, a falta de médico e remédio nos postos de saúde, uma mobilidade urbana. O que seria digamos uma obrigação da prefeitura acaba sendo a um grande desafio. Vamos atuar no primeiro ano com uma meta ousada de fazer com que toda a manutenção urbana da cidade seja colocado em dia. Não queremos mais, depois de um ano de gestão, estar discutindo sobre o lixo, porque isso é uma obrigação da prefeitura. Queremos estar discutindo a atração de novas indústrias, geração de emprego e renda fazendo com que Belém seja um polo logístico e portuário, dando oportunidade para que Belém, através da sua cultura e do seu turismo, possa ter uma nova matriz económica fazendo com que o trabalhador possa ter emprego. Não existe programa social melhor e maior do que o emprego. É isso que nós vamos perseguir, fazer com que Belém possa ser uma cidade que gera emprego e oportunidade para o seu cidadão. Assim nós vamos construir uma cidade que possa se desenvolver para todos os lados e principalmente para o seu maior patrimônio, que é a sua população. É isso, sem dúvida alguma, é um grande desafio e o grande ativo da nossa cidade são as nossas potencialidades. Existem programas importantes da prefeitura atual, inclusive que a gente precisa aperfeiçoar, como um bora Belém, que na nossa gestão vai ser um programa onde as pessoas vão receber o benefício, mas elas vão ter, ao mesmo tempo que recebem o benefício, qualificação profissional e acesso ao microcrédito para abrir o seu próprio negócio pra que ele possa ser um programa transitório e para que outras pessoas possam ter acesso a ele.

Muita gente fala que Belém está estagnada e atrasada em relação a capitais semelhantes e próximas, como Manaus, São Luís e Fortaleza. O senhor concorda? Se sim, por quê? Como deve superar essa estagnação?

Concordo. Há 20 anos, se você fosse em Fortaleza, você diria que Belém era uma cidade muito mais bem desenvolvida. Passado de 20 anos, Fortaleza está muito à frente de Belém. São Luís do Maranhão... a gente vai a Manaus e a gente vê que realmente a cidade avançou, mas Belém continua estagnada. Inclusive com a própria arrecadação do município, que é muito pequena comparada as capitais, inclusive com a mesma densidade populacional que a nossa. Precisamos fazer com que Belém cresça, pensando precisamos pensar Belém para daqui a 20 ou 30 anos, não apenas de quatro em quatro anos quando tem eleição. Então, temos o compromisso geracional e o compromisso com a nossa cidade. Volto a falar de fazer uma gestão disruptiva, uma gestão que possa pensar para o futuro, que possa usar a tecnologia a nosso favor, que quebre paradigmas, que enfrente desafios e que tome decisões que são importantes de serem tomadas, mesmo que por hora sejam impopulares. Mas que sejam necessárias para que a gente possa fazer com que a nossa cidade caminhe para o futuro. Temos a convicção de que não podemos ter compromisso com erro. Se a gente sabe que o modelo de gestão que já foi feito e deu errado, nós não podemos repetir. Como é que eu quero resultado diferente fazendo as mesmas coisas? É impossível. Então, vamos fazer diferente porque nós queremos resultados diferentes, isso passa desde o modelo de gestão até mesmo a questão relativa ao tratamento seja com a iniciativa privada ou com aqueles que querem a empreender na nossa cidade

Belém vive um problema sério com a mobilidade urbana há muitos anos? Ônibus sucateados, vias entupidas de carro, pedestres e ciclistas sem espaços, falta de fiscalização. Como o senhor vai tentar resolver essas questões?

Primeiro a questão relativa ao transporte, vamos fazer uma licitação transparente com o tempo hábil para aqueles que querem operar o transporte público, para que eles possam fazerem investimento necessário para garantir um transporte de qualidade com ar condicionado, com ônibus novos com wi-fi, com acessibilidade e também aumentando a frota, porque não dá pra gente aceitar que quem mora, por exemplo, lá em Outeiro tenha que andar três, quatro horas, até a parada mais próxima para pegar um ônibus para ir para faculdade. Não dá para a gente aceitar aqui que quem paga o seu Imposto em dia não tenha um transporte público decente. Precisamos oferecer para nossa população o que há de mais moderno e o que nosso orçamento pode oferecer. A mobilidade urbana é sem dúvida alguma um grande desafio e que nós vamos enfrentar com licitação transparente, com tempo hábil para o operador de transporte poder fazer a compra dos carros e que isso possa gerar um lucro para ele, mas que isso não precise necessariamente onerar da população. A prefeitura precisa fazer o seu papel, inclusive de desonerar impostos para que eles possam fazer essa compra, que isso seja uma realidade, e é possível. Tanto é possível que já fizeram uma compra de mais de 300 carros numa articulação do ministério das cidades e do Governo do Estado. É fundamental que a gente possa usar tecnologia nosso favor, usando a sinais inteligente, podendo fazer educação no trânsito. Precisamos de mais agentes de trânsito nas ruas também. Isso passa por uma discussão, principalmente junto à Guarda Municipal e a Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana). Precisamos fazer realmente com que existam outros modais de transporte e isso a gente fala tanto da bicicleta quanto o expresso hidroviário para fazer com que aqueles que moram nas regiões mais longínquas da nossa cidade possam chegar ao centro de outra forma que não seja através a dos carros. Então, existem várias discussões que são importantes. Precisamos fazer tudo isso no planejamento de curto, médio e longo prazo e é o que a gente vai fazer.

E o lixo? Vamos ter uma COP ano que vem e essa questão deve ser levantada e cobrada com soluções mais sustentáveis? Quais seus projetos para o setor?

No dia 2 de Janeiro, logo depois de tomar posse (nós vamos tomar posse em Belém, em Mosqueiro e ICoaraci para mostrar que não vamos ter diferenciação entre os distritos e a cidade) é fundamental que a gente chame a empresa que ganhou o certame do lixo. São mais de 30 milhões de reais que são pagos a essa empresa que tem a responsabilidade de cuidar da limpeza urbana, da organização dos catadores para que o lixo possa se transformar num ativo econômico através da reciclagem e também da destinação final do lixo, que acaba o contrato do aterro sanitário em Marituba em fevereiro e não podemos admitir que acabado esse contrato não se tenha uma efetivação da onde vai ser destinado o lixo. Não podemos aceitar que simplesmente pela viva novamente uma crise do lixo. Então, a partir do dia 2 vou chamar a empresa responsável e vou exigir que nos apresenta em um cronograma e a previsibilidade e principalmente onde é que vai ser destinado a o lixo final nós queremos uma resposta em 24 horas. E caso isso não ocorra nós vamos judicializar o processo e vamos tomar responsabilidade para nós mesmo, porque não dá mais para Belém viver a crise no lixo que vive hoje.

E a COP? Belém vai estar preparada para o evento? Como transformar esse evento em um legado positivo para a cidade?

Além das obras e serviços importantes que a COP vai trazer, a COP vai deixar um legado que vai marcar a história da cidade. Digo isso porque Belém vai voltar a ser a capital da Amazônia e vai ser reconhecida no Brasil e no mundo como tal. A gente não pode pensar que Belém, simplesmente no coração da Amazônia, não possa ofertar ao Brasil e ao mundo uma experiência turística, gastronômica e de calor humano. Os nossos rios e as nossas florestas são os nossos maiores ativos, precisamos usar isso como uma forma de desenvolvimento fazendo com que a bioeconomia seja uma realidade, fazendo com que o turismo de selva seja uma realidade, fazendo com que esse legado possa ser o legado de geração de emprego e renda e desenvolvimento da nossa cidade de forma sustentável. Então, além das obras que vão chegar em todos os lados, não só na Doca de Souza Franco, na Almirante Tamandaré, mas nas mais de 600 ruas que vão ser pavimentadas por parte do Governo do Estado, mas também obras de macrodrenagem, como a obra do Canal do Mata Fome, que vai fazer com que centenas de milhares de pessoas possam ter assegurada a sua qualidade de vida, não alargar mais no período chuvosos, o Canal São Joaquim, que vai ser transformado num grande parque urbano. Tudo isso são grandes ativos da Cop, que vão garantir com que a população de Belém possa ter mais qualidade de vida. Agora o grande legado, sem dúvida alguma, será fazer com que Belém seja a capital da Amazônia para o Brasil e para o mundo. Vamos entrar no mapa do planeta e precisamos fazer com que essa entrada seja algo que fique para as futuras gerações.

Tem alguma obra prevista para incrementar o turismo receptivo?

Vamos terminar todas as obras que iniciaram e todas as obras que estão licitadas por parte da atual gestão. Primeiros precisamos acabar as que já estão pendentes e que não foram entregues ainda para pensarmos em novas obras. Para você ter uma ideia, temos hoje vários mercados e feiras que as obras foram licitadas, inclusive com dinheiro a dado pelo governo do estado, mas que, infelizmente, hoje ainda estão pendentes. A feira da Terra Firme, por exemplo, passa por uma dificuldade enorme. Temos pressa em dar soluções para esses problemas. Quando nós conseguimos colocar a manutenção da cidade e as obras pendentes em dia, aí, sim, vamos pensar em novas obras. Estamos muito satisfeitos em fazer o que já existe funcionar e aquilo que está por fazer. Belém precisa funcionar. Se a gente conseguir fazer tudo isso acontecer dentro de dois anos, vou me dar por satisfeito.

Como vai funcionar as subprefeituras já mencionadas pelo senhor em outras entrevistas?

Temo o projeto de fazer 8 subprefeituras em 8 distritos da nossa cidade. Vamos começar pelos principais distritos, que ficam distantes do centro, que é justamente o distrito de Mosqueiro, Icoaraci e Outeiro, que hoje têm agência distrital, Vamos modificar esse modelo, fazendo as subprefeituras com a capacidade e autonomia de gestão e dando condições para que essas subprefeituras façam as zeladoria da cidade. Essa vai ser a principal função das subprefeituras, ou seja, a manutenção da questão relativa aos canteiros, fiscalização da limpeza urbana, da iluminação pública e a emissão de licença para quem quer fazer o evento, para quem quer fazer uma construção. Vamos fazer com que as subprefeituras possam ser subprefeituras no que diz respeito à zeladoria urbana. Essa vai ser uma das grandes desafios da nossa gestão e alguma é uma grande marca também. Vamos marcar a cidade como o prefeito que trouxe desenvolvimento, que desburocratizou a Prefeitura, que fez a cidade se desenvolver, mas não se descuidou das zeladoria da cidade. Então, se me perguntarem qual é a marca que eu vou imprimir na cidade como prefeito de Belém. Eu vou dizer bem claro: no fim do nosso governo vou me orgulhar, olhar para trás e dizer eu fui um prefeito que cuidou da cidade. A cidade funciona, a cidade está limpa a cidade pode legar ao seu cidadão um lugar melhor de se viver. A gente precisa botar para funcionar o que já existe e não tá funcionando.

A equipe de governo já está montada? Pode adiantar alguns nomes pra gente? Ou está muito cedo?

Demos início às reuniões de equipe de transição, que está sendo coordenada inclusive pelo meu vice-prefeito, Cássio Andrade. Existem pessoas técnicas em cada área para poder fazer o levantamento do que existe de contratos, do que já venceu, do que está para vencer e daqueles que estão vigentes, as obras que estão paradas, as que estão em andamento, aquelas que têm dinheiro em caixa pra poder realizar, o que que tem hoje previsto em orçamento para investimento, o que tem hoje previsto e já comprometido, como está a questão da folha de pessoal, a responsabilidade fiscal, a questão relativa à previdência. tudo isso. Estamos fazendo grande levantamento, porque a partir daí é que nós vamos fazer a reforma administrativa para dar funcionalidade à gestão.

Como o senhor vai acomodar competência técnica e composição política no seu governo a partir dos outros partidos que lhe apoiaram?

A gente teve uma conversa muito séria e muito Franca com todos os presidentes de partido ao longo da nossa pré-campanha e durante a nossa campanha de que a nossa gestão seria pautada no projeto de cidade. Nós não vamos colocar a política à frente da gestão. A gestão vem à frente da política e, se nós conseguimos a ter quadros que tenham capacidade política e capacidade de gestão, será extraordinário. Mas vamos priorizar quem tiver capacidade de gestão. Quem veio com conosco nessa caminhada sabe do que estamos falando, sabe que nós vamos priorizar a gestão antes da política

Qual a facilidade de ter um governador do mesmo partido e principal apoiador da sua candidatura?

Olha tem dois lados. O lado muito bom, que é poder contar com o apoio do governador, de poder bater na porta, de poder fazer parcerias importantes para a cidade. E tem também a responsabilidade de ter sido apoiado pelo governador mais bem avaliado do Brasil, sabendo a importância do seu apoio. Com certeza a afiançou com que a população pudesse dar início ao entendimento de que o nosso projeto era o melhor. Agora depois de eleito temos a responsabilidade de poder manter essa confiança da população, que agora é minha enquanto gestor. Eu vou dar tudo que exige de melhor em mim para que a população possa ter a certeza de que fez a melhor escolha e nós vamos governar não só para aqueles que votaram em mim. Eu vou governar para toda a cidade, eu vou governar para quem é de direita, para quem é de esquerda, para quem é de centro e até para quem não tem expecto político pra aquele que simplesmente está desgostoso com a política e não saiu de casa para votar. Vamos governar para todos e, ao fim de 4 anos, quero olhar para trás e ter a certeza de que dei o meu melhor e que a cidade está sendo transformada através da nossa gestão.

Quando o senhor pensa num cidadão-ideal de Belém, uma pessoa que represente a cidade de maneira ampla, como você imagina esse cidadão? Para quem o senhor vai governar?

Eu imagino um cidadão que ame a cidade, que entenda que todo centro Urbano, tem seus gargalos, seus desafios, seus problemas. Mas, mais do que o problema, é como você reage aos problemas, é como você enfrenta os problemas do dia a dia. Como um prefeito de Belém, vou ser exatamente a igual a um cidadão, o chefe de família que sai pra trabalhar todos os dias de forma honesta, para dar o melhor para a sua família, para dar o melhor para que o seu filho ou a sua filha, possa ter a condição de estudar de ter acesso à saúde, de poder colocar comida na mesa de casa. Eu vou sair de casa todos os dias para trabalhar para garantir que a minha filha, que é Belém do Pará, possa ter uma saúde de qualidade, uma educação digna, um transporte que possa oferecer qualidade de vida e, principalmente, melhorar a vida e dar oportunidade. Hoje sou pai. Tenho uma filha de um ano de idade e ganhei no último domingo mais uma filha, que é Belém do Pará. Hoje, eu sou, digamos assim, o pai da Isabela, sou padrasto e pai de coração da Luiza e da Helena e sou pai agora também de Belém do Pará. Então, tenho hoje quatro filhas em que eu vou dedicar toda a minha vida e toda a minha trajetória, tudo que existe de melhor em mim, para cuidar muito bem dela.

O que as periferias da cidade podem esperar da gestão do Igor Normando?

Trabalho, presença, empatia e, sobretudo, entrega de resultado. É isso que a periferia pode esperar de mim. Fui o candidato a prefeito mais votado principalmente nos lugares que foram esquecidos pela gestão municipal e eu vou governar para todos, mas principalmente para aqueles que mais precisam, para que a gente que mora nos conjuntos habitacionais, que precisam de água, para aquelas pessoas que moram nos bairros periféricos da cidade, que não tem acesso à saneamento, para aquelas pessoas que vivem na sua casa, mas tem receio de perderem as suas casas porque não têm título definitivo de propriedade. É para essas pessoas que eu vou governar, eu vou governar para aqueles que mais precisam porque são esses que mais precisam da Prefeitura de Belém.

Na sua opinião de cidadão, qual o nosso principal problema hoje? Como o senhor pretende resolver?

Volto a dizer, a zeladoria e manutenção urbana da cidade. Belém é uma cidade que cresceu de forma desordenada, que a maioria das ruas, dos seus bairros, são antigas áreas de ocupação e, infelizmente, por não ter tido planejamento urbano, passamos por vários problemas, que passa desde o saneamento básico até mesmo a falta de cobertura do transporte público, da saúde ou da falta de creche pra mãe que precisa deixar o seu filho para ir trabalhar. Precisamos colocar em dia essa manutenção para que as pessoas possam compreender de que vivem numa cidade, que seja inclusiva e acolhedora. Quando conseguirmos resolver esses gargalos e esses problemas aí eu vou dizer que Belém está pronta para receber os grandes investimentos, as grandes obras e gerar emprego e gerar renda e oportunidade para toda a nossa população. Sou o prefeito que vou ter que ter a responsabilidade de colocar Belém no rumo do desenvolvimento para que quando eu tenha a sucessão da minha gestão o próximo prefeito possa olhar e dizer que recebeu uma cidade pronta para se desenvolver para as futuras gerações.

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