
A vigilância em torno da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, ganhou novos contornos após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um momento em que a segurança e o cumprimento da prisão domiciliar se tornaram tema central na política nacional, a determinação inclui acompanhamento em tempo real feito pela Polícia Penal do Distrito Federal.
A medida foi adotada a partir de pedidos do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, do deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e de manifestação favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). Moraes definiu que o monitoramento deve evitar exposição pública, indiscrições midiáticas ou perturbações à vizinhança, cabendo à própria polícia decidir sobre uso de uniformes e armamentos.
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O ofício enviado ao Supremo pela PF aponta "risco concreto" de fuga do ex-presidente, mencionando inclusive a possibilidade de Bolsonaro tentar ingressar na Embaixada dos Estados Unidos para solicitar asilo político. Também foi citado um rascunho apreendido de pedido de refúgio à Argentina, dirigido ao presidente Javier Milei, reforçando a preocupação.
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PF PEDIU AGENTES DENTRO DA CASA
Além do reforço no policiamento externo, a PF pleiteou autorização para manter agentes dentro da casa, em tempo integral, a fim de garantir o cumprimento da prisão domiciliar. O documento argumenta que a tornozeleira eletrônica, sozinha, não seria suficiente, por depender de sinal de telefonia e estar sujeita a falhas ou interferências.
Na manifestação da PGR, a recomendação foi por uma equipe ostensiva de prontidão, mas sem a presença interna solicitada pela PF. O próprio diretor da corporação destacou que essa alternativa exigiria muitos servidores no condomínio, o que poderia gerar desconforto para os moradores e inviabilidade operacional.
"CONTRANGIMENTO DESNECESSÁRIO"
Moraes encaminhou o pedido para nova análise da PGR, que deverá se posicionar sobre a necessidade da presença física dos policiais dentro da residência. Enquanto isso, a defesa do ex-presidente criticou duramente as medidas. Para os advogados, trata-se de um "constrangimento desnecessário".
Confira os principais pontos definidos para o monitoramento da casa de Jair Bolsonaro:
- Acompanhamento em tempo real pela Polícia Penal do Distrito Federal.
- Proibição de exposição indevida, evitando indiscrições midiáticas.
- Respeito à esfera domiciliar, sem medidas intrusivas dentro da casa.
- Preservação da vizinhança, sem perturbações no condomínio.
- Autonomia policial para decidir sobre uso de uniforme e armamento.
- Reforço no policiamento externo, solicitado pela Polícia Federal.
- Constante checagem da tornozeleira eletrônica, para evitar falhas ou violações.
- Possibilidade de agentes dentro da casa, ainda em análise pela PGR, para monitoramento 24h.
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