A bissexualidade é uma orientação sexual definida pela capacidade de atração sexual e/ou romântica por mais de um gênero, sendo esses na maioria das vezes homem e mulher. Porém, das orientações sexuais ela é a que menos se elabora, ou melhor, a que menos se fala e por conseguinte também é a mais problematizada. E a crítica acontece inclusive dentro da comunidade gay.
Uma equipa de pesquisadores da Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, identificou variantes genéticas associadas ao comportamento bissexual humano, que apontam como distintas do comportamento exclusivamente homossexual.
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O estudo, publicado na última terça-feira (09), na revista Science Advances, baseia-se na análise de dados de 452.557 participantes do sexo masculino no Biobanco do Reino Unido, todos de origem europeia.
Os cientistas acreditam que a orientação sexual é influenciada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
No caso da origem genética, tratam-se de variantes comuns a pessoas propensas a correr riscos, ou seja, “com tendência a realizar ações à procura de recompensa apesar das consequências negativas que podem acarretar”. Isto, segundo os especialistas, incluiria no caso das relações sexuais, uma maior tendência à promiscuidade e ao não uso de proteção, razão pela qual o estudo aponta que os homens heterossexuais que carregam as variantes genéticas associadas ao comportamento bissexual têm mais filhos do que a média.
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Contudo, os cientistas reconheceram que a representação demográfica do grupo de estudo é limitada e enfatizaram que a genética provavelmente desempenha apenas um papel menor na determinação da orientação sexual, em comparação com fatores ambientais.
Os investigadores alertaram que os seus resultados “contribuem para a diversidade, riqueza e melhor compreensão da sexualidade humana”.
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