![Jarbas e Mikael são pais da pequena Antonella, de 7 meses. Imagem ilustrativa da notícia Bebê de 7 meses e pais são alvo de comentários homofóbicos](https://cdn.dol.com.br/img/Artigo-Destaque/890000/640x360/imagemotimizada---2025-02-12T181316140_00894330_0_-3.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dol.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F890000%2Fimagemotimizada---2025-02-12T181316140_00894330_0_.jpg%3Fxid%3D3006962&xid=3006962)
Constituir uma família ultrapassa qualquer barreira entre os gêneros, sendo um lugar onde o amor e o respeito devem prevalecer diariamente.
Em uma jornada de amor, superação e resistência, o casal Jarbas, 48, e Mikael, 36, compartilham com seus mais de 115 mil seguidores no Instagram os momentos da vida familiar ao lado de Antonella, sua filha. Desde o nascimento da menina, a família tem se dedicado a mostrar como a ciência possibilitou que casais homoafetivos masculinos, como eles, pudessem ter um filho com o DNA de ambos. "Nós criamos a página para inspirar outras pessoas e mostrar que a ciência trouxe soluções para construir famílias em contextos diversos", conta Jarbas.
Contudo, apesar da linda história de amor e felicidade, o casal também tem enfrentado uma onda de ataques de ódio e intolerância, especialmente nas redes sociais. Enquanto a família compartilha sua vida cotidiana e celebra a paternidade, comentários de desprezo e hostilidade continuam a surgir. A beleza e a felicidade das fotos publicadas por Mikael, fotógrafo profissional, são frequentemente eclipsadas por críticas agressivas. "A Antonella é a nossa maior alegria. Cada momento que compartilhamos é uma celebração do amor que construímos juntos", afirma Mikael. "Queremos que ela cresça cercada de amor e respeito, sabendo que a diversidade é uma riqueza, não uma barreira."
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No entanto, essa felicidade é interrompida por palavras cruéis. Comentários como "A menina vai crescer e dizer, quem é minha mãe?" e "É melhor ter 16 seguidores do que ter 16 anos de casado com outro homem" revelam o preconceito e a intolerância que ainda permeiam a sociedade. Jarbas, que cuida da estrutura familiar, expressa que, apesar das dificuldades, a família segue firme. "Infelizmente, ainda enfrentamos esse tipo de reação. É desanimador, mas ao mesmo tempo, nos fortalece. O amor que temos pela nossa filha é maior do que qualquer mensagem negativa", declara.
Além das críticas veladas, alguns ataques são abertamente agressivos. "Meu Deus, venha senhor Jesus. O mundo está uma M...", e "Que situação triste aos olhos do altíssimo", são algumas das mensagens hostis direcionadas ao casal. Jarbas reflete sobre esses ataques: "Esse é o fundamentalismo religioso expressado por uma parte da sociedade, que escolheu odiar em vez de praticar a compaixão e o olhar fraterno pelo outro".
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Apesar do ódio, o casal vê Antonella como um símbolo de resistência e esperança. "Quando olhamos para a Antonella, vemos a esperança de um futuro mais inclusivo. Ela é a prova de que o amor pode prosperar em qualquer circunstância", afirma Mikael. Os pais de Antonella acreditam que, ao compartilhar sua história nas redes sociais, estão contribuindo para mudar a mentalidade daqueles que ainda perseguem quem pensa ou age de forma diferente. "Temos fé de que, ao mostrar nosso amor, estamos ajudando a construir um mundo mais acolhedor", finaliza Jarbas.
Com a exposição de sua vida e o apoio crescente de seus seguidores, o casal espera inspirar outras famílias, tanto homoafetivas quanto heterossexuais, a enfrentar os preconceitos e construir um futuro mais inclusivo e cheio de amor.
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