Parecia mais um dia calmo em uma loja destinada a turistas em Alter do Chão, um dos principais paraísos brasileiros, localizado em Santarém. Bem movimentado, o estabelecimento parecia legal, mas escondia algo ilícito.

No âmbito da operação CEHARITAUÁ, que significa machado de pedra na língua Tupi, a Polícia Federal foi até o local nesta segunda-feira (19) para verificar denúncias de que a loja de artigos nativos vendia materiais arqueológicos para turistas. Ao chegarem no local, os agentes constataram o fato.

A equipe de Policiais Federais, juntamente com um membro do IPHAN, encontrou no endereço 7 machados de pedra que constituem material arqueológico e não podem ser comercializados, configurando flagrante delito pelo crime do art. 2º § 1º da Lei nº 8.176, de 1991, que prevê pena de detenção de 1 a 5 anos e multa.

O dono do estabelecimento foi preso. Foram apreendidos os 7 machados, encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Santarém, juntamente com o preso, onde prestou declarações à autoridade Policial.

A Polícia Federal esclarece que os bens de natureza material de valor arqueológico são definidos e protegidos pela Lei nº 3.924, de 1961, sendo considerados bens patrimoniais da União, e o art. 20 da Lei nº 7.542, de 1986, preconiza que as coisas e os bens resgatados de valor artístico, de interesse histórico ou arqueológico permanecerão no domínio da União, não sendo passíveis de apropriação, doação, alienação direta ou por meio de licitação pública. 

Foram apreendidos os 7 machados, encaminhados à Delegacia de Polícia Federal em Santarém Foto: Reprodução PF

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