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CAMPANHA

Hemopa foca em público jovem para ampliar doação de sangue

Com um estoque em nível satisfatório para atender a rede hospitalar de todo o Pará, a Fundação quer multiplicar o número de novos doadores

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Imagem ilustrativa da notícia Hemopa foca em público jovem para ampliar doação de sangue camera O universitário Guilherme Zortea, de 19 anos, doou sangue ontem pela segunda vez, em Belém | Irene Almeida

O ato da doação de sangue pode salvar até quatro vidas. Esse gesto de amor ao próximo é essencial para manter o estoque do banco de sangue da Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Pará (Hemopa) em nível satisfatório para atender uma rede hospitalar composta por mais de 200 unidades em todo o Estado. Atualmente, o Hemopa possui postos de coleta em nove municípios do interior paraense, que funcionam como polos de distribuição para as cidades de todas as regiões do Pará.

A cada doação são coletados no máximo 450ml de sangue. Antes de efetivar a doação, o doador voluntário passa por uma triagem com a realização de 13 exames específicos para detecção de doenças transmissíveis, além do processo de separação dos quatro hemocomponetes. Em média, o processo dura cerca de 40 minutos, iniciando pelo cadastro, depois triagem, coleta de sangue e o lanche servido após a coleta.

Com a pandemia da Covid-19, todos os hemocentros do país enfrentaram dificuldades devido ao baixo número de coletas de sangue. No Pará, contudo, o quantitativo de comparecimento de doadores não foi tão inferior no ano passado, após o início da pandemia, em comparação como mesmo período de 2019.

O hemocentro local manteve uma média regular de coletas, conforme o presidente da Fundação, Paulo Bezerra. “Tivemos no início da pandemia uma preocupação gigantesca com a falta de doadores, que aconteceu em todo o Brasil. Reunimos com os diretores dos hospitais e graças a Deus eles foram bastante conscientes na questão da utilização para transfusões. Nesse tempo, continuamos com as nossas campanhas. E, para a nossa surpresa, tivemos uma redução de 2019, sem pandemia, para 2020, com pandemia, de apenas 11% no número de doações. Ficamos até numa média regular, porque muitos tiveram de 30 a 40% de redução”, informou, ao ressaltar que o resultado se deve às campanhas e estratégias de doação, a exemplo da Caravana Solidária, que, com toda segurança, buscava grupos de pessoas para doar sangue.

ALVO

O Hemopa segue promovendo campanhas de doação e atuando com as unidades nas cidades do interior, para manter uma rotina regular de coleta de doações. Mas, o presidente ressalta que o principal desafio da Fundação, além de manter campanhas e estratégias, continua sendo conscientizar a população sobre a importância e a necessidade de colaborar com esse trabalho, realizando a sua doação de sangue. E hoje o principal alvo é o público jovem, que são os principais multiplicadores da iniciativa.

“A questão da transfusão, do estoque, é algo sempre regular, não falta. Estamos sempre com o estoque. Não é o ideal. Por outro lado, não pode sobrar muito, porque não podemos perder estoque. O importante é estar conscientizando a população o tempo inteiro para doar sangue. O Hemopa depende da população, da solidariedade das pessoas. Esse é um dos grandes avanços que a gente precisa alcançar. São dessas pessoas que estamos precisando. E hoje, cada vez mais, a gente tenta atingir os jovens, para que eles possam ser os multiplicadores do futuro”,enfatizou Paulo Bezerra.

Sensibilizado com as campanhas divulgadas pela Fundação, o universitário Guilherme Zortea, 19, esteve na manhã de ontem na sede do Hemopa, em Belém, para doar sangue pela segunda vez. “Doar sangue é algo extremamente necessário, então é importante vir doar. Sempre converso com meus amigos sobre isso. A primeira vez eu vim com a minha mãe. Umincentivou o outro”, contou.

Já o militar do Exército Reginaldo Miranda, 23, doou sangue pela primeira vez quando sua mãe precisou e ontem retornou ao Hemopa para ajudar outras pessoas que precisam. “Faço por ver a necessidade das pessoas que precisam, para salvar vidas. Dentro da minha família, minha mãe precisou de doador e isso me motivou a começar a fazer. Inclusive vim hoje porque a mãe de um amigo meu está necessitando. Tem muitas pessoas que têm receio de doar, mas eu sempre incentivo”, destacou.

PARA SER UM DOADOR

- É necessário ter entre 16 e 69 anos, (adolescentes devem estar acompanhados do responsável legal); pesar mais de 50 kg; estar em boas condições de saúde.

-No cadastro é obrigatório apresentar documento de identificação original e com foto (RG, CNH, passaporte ou carteira de trabalho).

- Quem teve Covid-19 também pode voltar a doar, mas precisa esperar 30 dias após a cura. Quem teve contato com pessoas que tiveram a doença deve esperar 14 dias. Para quem recebeu a vacina Coronavac/Butantan são 48 horas de inaptidão para doação, após cada dose. Já para as demais vacinas é necessário esperar sete dias.

- O doador vai preencher a ficha cadastro com os seus dados; depois vem a triagem, na qual o doador passará por exames e será avaliado por profissionais de saúde; e, por fim, a coleta de sangue. Ao final, o doador recebe um lanche para reidratação do organismo.

- A sede do Hemopa, em Belém, fica na Tv. Padre Eutíquio, 2109, bairro Batista Campos. Fone: 0800 2808118.

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