Essa semana, o relato do agente de talentos Bruno de Paula sobre o pesadelo após ter seu aparelho celular roubado repercutiu na mídia. O drama do rapaz tem sido compartilhado cerca de 25 mil vezes nas redes sociais. O caso levantou o debate sobre como ter segurança digital.
Em um post, Bruno contou que estava em um táxi quando teve o celular roubado. Ele pretendia pedir comida por delivery na volta para casa. No momento em que foi furtado, o aparelho estava destravado.
A partir daí a vida do jovem virou um pesadelo. Em um primeiro momento, ele achou que o prejuízo seria só o do valor do aparelho. Ao chegar em casa, pegou um celular velho e consultou seu e-mail e teve uma surpresa desagradável.
Em poucos minutos, os assaltantes já haviam gasto R$ 27 mil de sua conta no Nubank. O agente procurou a operadora do celular, que informou que o chip e o telefone estavam bloqueados, mas isso não foi suficiente para impedir a ação dos criminosos.
No dia seguinte, Bruno se deparou com outros gastos feitos na sua conta no Banco do Brasil, com dois empréstimos, duas transferências e um Pix. No total, a fatura passava de R$ 100 mil. Além disso, os criminosos ainda pediram delivery de bebidas, com sete garrafas de Whisky a R$ 329 cada, compradas no iFood, pois ele tinha registrado um cartão do pai dele.
"Toda vez que chega e-mail, acho que tão tentando invadir. Acordo de hora em hora para olhar. Não tenho paz", resume o agente que se queixa da resposta das empresas a casos como este.
Em nota, a Nubank informou que "lamenta o ocorrido" e que "o caso já foi solucionado com o cliente". Já o Banco do Brasil disse que "acionou procedimentos de segurança logo após tomar conhecimento da ocorrência, com rápida recuperação de valores".
O relato de Bruno evidencia a quantidade de informações financeiras disponíveis no celular e apps e a dificuldade de mantê-los em segurança.
Como evitar golpes
De acordo com os especialistas, a confirmação de login em duas etapas, senhas complexas e criação de pasta segura dentro do celular precisam ser mais seguidas pelos usuários.
Uso de senhas
Com uma infinidade de aplicativos com dados bancários e informações pessoais cadastrados de empresas, é importante que o usuário habilite sempre a função de usar senha em qualquer transação.
Muitas vezes, o usuário faz a identificação facial ou digital e tem a sensação de estar 100% seguro. Mas o ideal é sempre usar a boa senha como etapa de confirmação de qualquer transação.
Use sempre caixa alta e baixa e mescle com letras, número e símbolos e não esquecer de trocar as senhas periodicamente.
Reconhecimento facial
O ideal é ir em "configurações" do aparelho celular e desabilitar o reconhecimento facial dos aplicativos mais sensíveis que têm dados como o número do cartão de crédito cadastrado.
Nem todos os aplicativos contam com reconhecimento facial. Por isso, antes de baixar um app, vá em configurações e busque entender as opções em cada aplicativo.
Pagamento via aproximação
O ideal é desabilitar a opção de pagamento via aproximação se a função não estiver sendo usada.
E-mails de recuperação
Deixe um e-mail só pra recuperações de contas e de preferência logado em outro dispositivo e não no seu celular para casos assim, qualquer tentativa de alteração que solicite código por e-mail.
Bloqueio de celular
A maior parte dos smartphones conta com a opção de usar dois chips. Então, ao pedir o bloqueio na operadora móvel e ao fazer o boletim de ocorrência na Polícia, não deixe de informar os dois números do IMEI (que estão escritos na caixa do celular).Em ambos os casos peça o bloqueio da linha e o bloqueio do aparelho.
Para descobrir o IMEI, basta digitar no teclado do aparelho *#06# e aparecerá um número, que deverá ser anotado e guardado, segundo a Conexis, a associação do setor.
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