O sofrimento de se ter tontura e vertigem é aterrorizador. Cerca de 30% da população mundial sofre desse mal. Além disso, estudo Chinês atual mostrou em que 16% dos infectados com o novo coronavírus apresentam esse sintoma.
De 22 a 28 de abril é celebrada a Semana da Tontura, para enfatizar que milhares de pessoas recebem diariamente diagnósticos erroneamente descritos como “labirintite”.
Um dos poucos neurologistas em território nacional que se dedica pela causa e tratamentos dessa patologia, Dr. Saulo Nader, explica que ainda as pessoas precisam passar em seu cotidiano com o preconceito que o sintoma carrega.
“Os pacientes precisam passar pelo constrangimento de seus sintomas serem encarados como ‘frescura’. Como se elas estivessem exagerando suas queixas ou como se elas não existissem. Infelizmente, às vezes até profissionais de saúde negligenciam os sintomas de tontura, pois essa “dor” invisível, só percebe quem sente. E como é terrível ter tontura e vertigem Uma das piores sensações que alguém pode ter na vida. Imagine a insegurança e o medo de realizar as atividades rotineiras, não conseguir ficar em uma posição na cama (parece que o mundo está de ponta cabeça), cabeça estranha, olhos nublados, zumbidos no ouvido, enjoos. Imagine nesse momento de crise e pandemia você se perguntar: será que vou ter uma crise agora? Como irei para um hospital? Será que essa sensação vai acabar? Será que vou morrer? São questionamentos que passam na mente de quem sofre de “labirintite sempre, imagina agora nessa fase delicada da humanidade”, diz o neurologista da USP e do Albert Einstein – conhecido carinhosamente pelos pacientes como Doutor Tontura.
Dr. Saulo explica que, neste momento de quarentena e isolamento social, o emocional das pessoas está muito abalado o que pode descompensar qualquer “labirintite”. Mas em especial, as pessoas ficam mais propensas a sofrer de Tontura Perceptual (ou Vertigem Fóbica).
Essa doença está muito correlacionada com ansiedade e estresse excessivo, acompanhada de sintomas como sensações diferentes na cabeça, piora da tontura em ambientes com muita poluição visual ( agora esse pânico de ser infectado na rua, nos supermercados), atordoamento, mal estar e insegurança, receio de caminhar mesmo dentro de casa.
Com o tempo, as pessoas viram reféns da tontura delas, e se privam de fazer muitas coisas, impactando totalmente em sua qualidade de vida.
O médico explica que o Sistema Vestibular é formado pelos labirintos, que enviam informações de movimento, através de um fio comunicador (nervo vestibular), a uma área do cérebro, responsável pelo controle do equilíbrio e da postura da pessoa (cerebelo).
“Se a química do cérebro nessa área que comanda o equilíbrio se altera, um dos sintomas pode ser a tontura. É assim que começa a Vertigem Fóbica ou Tontura Perceptual, doença que assombra muita gente, mas é pouquíssima reconhecida”, diz ele.
A boa notícia, segundo o Dr. Tontura, é que existe tratamento. “Se a pessoa tem uma outra doença vestibular ativa, que foi perpetuada e piorada pela “Vertigem Fóbica”, essa doença também precisa ser tratada. O importante é fazer o diagnóstico para ter um tratamento adequado. É possível devolver uma vida normal às pessoas que sofrem de Tontura Perceptual”.
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