A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea. Essa condição metabólica está associada ao envelhecimento e pode se manifestar em mulheres e homens. Com o avançar da idade, os ossos vão ficando mais porosos, o que aumenta o risco de fraturas, especialmente no quadril, na costela, no colo do fêmur e nos punhos.
E qual a ligação da doença com a menopausa? A osteoporose atinge principalmente o sexo feminino após a menopausa por causa da queda na produção do estrogênio. Ao longo da vida, os ossos vão sofrendo desgastes e sendo reconstruídos ao mesmo tempo pelo organismo. E o hormônio estrogênio é o responsável por carregar o cálcio para a realização da reconstrução óssea. Com a menopausa, o corpo feminino reduz drasticamente a fabricação de estrogênio. Isso faz com que a perda de massa óssea fique maior do que a capacidade de regeneração dos ossos.
O ginecologista Fernando Guastella, formado pela USP e especialista em climatério, explica que a partir dos 30 anos a mulher perde cerca de 0,3 a 0,5% de densidade óssea por ano. E, após a menopausa, há a aceleração da perda de massa óssea. “Isso ocorre especialmente nos 5 primeiros anos, em que se perde entre 2 e 4% de massa óssea ao ano. Portanto, quanto mais cedo a mulher entra na menopausa, mais osso ela perde”.
Segundo Fernando Guastella, uma em cada três mulheres, em média, pode apresentar ao menos uma fratura devido a osteoporose após os 50 anos. “E com o aumento da expectativa de vida este problema tende a aumentar caso não sejam tomadas medidas preventivas”, alerta ele.
Terapia de reposição hormonal para prevenção e tratamento da osteoporose.
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A terapia de reposição hormonal impede a perda de osso e, em alguns casos, pode até fazer a mulher recuperar o osso perdido, quando associado a outros tratamentos.
Além da terapia de reposição hormonal, há tratamentos alternativos para a osteoporose.
“A prevenção contra a doença é muito importante. O ideal é fazer um exame de densitometria óssea anualmente para avaliar a densidade óssea”, diz Guastella. Além disso, é necessário estar em dia com a ingestão de cálcio e de vitamina D, essenciais para a formação óssea.
A realização de exercícios físicos regulares também a ajuda a prevenir a osteoporose, principalmente exercícios de impacto, como musculação. A atividade física de impacto estimula o ganho de massa óssea e muscular, tornando ambos mais resistentes, além de contribuir para o aumento da força e do equilíbrio do corpo. “É importante que a mulher procure ter um estilo de vida saudável, evitando fatores de risco como tabagismo, sedentarismo e abuso de álcool”.
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