As doenças no coração estão sempre no topo das pesquisas anuais de principais causas de morte em todo o mundo. Segundo os últimos dados das “Estimativas Globais de Saúde de 2019” da Organização Mundial de Saúde (ONU), publicado em dezembro de 2020, as doenças cardíacas representam 16% do total de mortes por todas as causas.
Preocupada com resultados sempre alarmantes, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) estabeleceu, em 2007, que o dia 14 de agosto seria marcado pelo Dia do Cardiologista, com a finalidade de lembrar a todos sobre a importância de manter a saúde do coração e valorizar os profissionais que atuam na área.
Para esclarecer e ressaltar cuidados da rotina que são importantes para o cuidado com esse órgão, o médico cardiologista, Pablo Germano de Oliveira, dá várias dicas preventivas sobre o assunto, baseado na atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2019): “A terapia nutricional, perda de peso e prática de atividade física contribuem para a redução das doenças cardiovasculares”, elenca o docente.
A alimentação é um ponto importante para a saúde do coração. O médico atenta à população sobre a ingestão de produtos industrializados, que se torna cada vez mais comum, substituindo o consumo do clássico arroz e feijão nas refeições e permitindo o risco da obesidade. “Devem ser priorizados os alimentos in natura ou minimamente processados, e é indicado moderar o uso de óleo, sal e açúcar, além de não consumir alimentos ultraprocessados", explica. Ele ressalta ainda que com o planejamento das compras e do preparo das refeições é possível evitar a ingestão de fast foods.
Pablo também indica o exercício como um aliado poderoso para quem quer manter a saúde em dia. “A atividade física aeróbica regular auxilia na prevenção e tratamento da hipertensão, reduzindo os riscos de problemas cardiovasculares”, indica o profissional, baseado na recomendação de 2020 da Organização Mundial de Saúde (OMS), que sugere 300 minutos de exercícios semanal, o equivalente a 60 minutos diários que podem ser divididos em 5 dias.
Para completar, o especialista aponta outras boas práticas: evitar o estresse e a ansiedade, seja por questões sociais ou profissionais, além de parar com hábitos prejudiciais como o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, que são agravantes para a manutenção da saúde do coração.
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