A tireoide é uma das glândulas mais importantes do corpo, responsável pela produção e equilíbrio de hormônios essenciais ao organismo. Por isso, um dado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia traz um alerta importante: estima-se que, no Brasil, 60% da população terá nódulos na tireoide em algum momento da vida.
Um dos recursos mais comuns para o tratamento de nódulos malignos na tireoide é a cirurgia. Não é à toa que, no país, são realizadas cerca de 40 mil tireoidectomias todos os anos, segundo pesquisa da startup Onkos. Mas, saber quando a cirurgia é necessária e quais cuidados tomar no processo é fundamental para garantir a saúde.
De acordo com o cirurgião de cabeça e pescoço, José Gabriel Paixão, a cirurgia da tireoide “é recomendada para casos em que há um aumento difuso da glândula, o que pode causar dor na cervical, aperto no pescoço, ou mesmo incômodo estético no paciente. Outro caso em que a operação pode ser necessária é quando há suspeita de câncer”.
O especialista explica que a formação de nódulos na tireoide pode ser identificada por exames simples, como a palpação da região da garganta e a ultrassom cervical e conta como a cirurgia é feita nos casos em que o procedimento é indicado:
“A cirurgia da tireoide é feita com o paciente sob anestesia geral. É feita uma pequena incisão de, no máximo, cinco centímetros, dependendo do tamanho da tireoide e do tipo físico do paciente. Dependendo do quadro do paciente, nem sempre será preciso a retirada total da glândula. Existem casos em que o paciente pode se beneficiar de uma tireoidectomia parcial, a partir da qual ele vai ter parte da glândula preservada e que pode, sim, voltar a funcionar e evitar que ele fique dependente da reposição hormonal para o resto da vida”, explica José.
O médico informa, ainda, que não é necessário nenhum preparo específico antes da cirurgia, somente a realização dos exames pré-operatórios solicitados na primeira consulta com o cirurgião. Mas ele alerta quanto à importância de consultar o médico habilitado para tratar da cirurgia tireoidiana:
“Quando o paciente necessita operar a tireoide, é extremamente importante que ele procure o especialista de cirurgia de cabeça e pescoço para que o procedimento seja feito da maneira mais segura possível. Quando realizada por profissional não especialista na área, existe um maior índice de complicações pós-operatórias, entre elas, a rouquidão permanente e o distúrbio do cálcio no período pós-operatório”, informa.
José orienta que pacientes com indicação para tireoidectomia chequem, no site do Conselho Regional de Medicina (CRM), se a pessoa que vai fazer a sua cirurgia tem a habilitação na especialidade adequada, de cirurgia de cabeça e pescoço.
“Somente o profissional capacitado para tratar as doenças da região de cabeça e pescoço pode dar o seguimento adequado, de acordo com o tipo de lesão que o paciente tem. Um profissional não habilitado na especialidade pode, muitas vezes, atrasar um diagnóstico ou dificultar o acompanhamento e a definição de tratamentos posteriores”, alerta.
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