No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, com 65,8 mil novos casos por ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA).
O médico oncologista, Gustavo Guimarães, alerta para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “Não espere chegar a ter sintomas do câncer de próstata, pois isso significa que sua doença já está avançada. É preciso agir antes e se prevenir”, diz.
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Os sintomas da doença abrangem a dificuldade para urinar, hesitação e urgência para urinar e, em casos mais extremos, sangue na urina. Mas a maior parte dos diagnósticos de câncer de próstata é feita numa fase assintomática, devido ao advento do PSA, exame de sangue que mensura a quantidade do antígeno prostático específico e permite um diagnóstico mais precoce. De acordo com o médico, de 20 a 24% dos tumores de próstata não alteram o valor do PSA, o que demanda ainda o exame de toque retal.
A rotina de consulta com o urologista é recomendada a partir dos 45 a 50 anos para o rastreamento e detecção precoce do câncer de próstata, unindo os exames de PSA e do toque retal.
“Dependendo de combinações, podemos indicar outros exames para avaliar melhor a próstata, como a ressonância ou exames de imagem como o ultrassom. Se a suspeita for grande, será solicitada ainda uma biopsia da próstata”, explica o médico.
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Fatores de risco e tratamento
O desenvolvimento do câncer de próstata tem um fator predisponente para a agregação familiar: ter um parente de primeiro grau acometido pela doença e, em especial, em idade precoce, com menos de 50 anos, aumenta o risco de ter tumores de próstata. A maior parte dos tumores de próstata, entretanto, são adquiridos por meio do comportamento do cidadão no mundo moderno: inatividade física, obesidade e alimentação incorreta.
Após os exames e confirmado o diagnóstico, há várias formas de tratamento do câncer de próstata. A vigilância ativa é o acompanhamento de perto dos pacientes que têm um tumor pequeno, de baixo risco e uma expectativa de vida mais curta.
Atualmente adotada nos principais centros de referência oncológica, a vigilância ativa segue critérios científicos rigorosos com PSA e toque retal de rotina e, dependendo da evolução da doença, é necessária nova biópsia para avaliar a progressão do tumor e iniciar o tratamento ativo.
Já para os casos nos quais o câncer deve ser tratado de fato, que engloba a maioria dos pacientes acometidos pela doença, há a cirurgia radical da próstata ou a radioterapia.
“As duas modalidades são relativamente comparáveis, com nuances de indicação que devem ser debatidas individualmente por cada paciente com o seu médico”, explica o especialista.
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De acordo com o oncologista, a cirurgia pode ser feita de maneira aberta, por videolaparoscopia ou ainda pela maneira assistida por robô, a mais moderna e oferecida na BP, que traz como vantagem uma melhor e mais rápida recuperação no pós-operatório.
“As cirurgias robóticas garantem tempo menor de hospitalização do paciente, reduzem os riscos de infecção, a dor e o sangramento durante a cirurgia, e os cortes feitos são menores e garantem maior precisão em locais de difícil acesso”, explica.
Já a radioterapia evoluiu muito rápido e atualmente tecnologias conseguem focar no local correto da próstata com a doença, o que faz com que os efeitos colaterais da terapia sejam muito baixos com excelentes resultados.
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