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FEVEREIRO VERDE

Câncer na vesícula: é preciso ficar alerta sobre a doença

Os sintomas só aparecem quando a doença está em estágio avançado. E incluem febre, dor abdominal, náuseas, vômitos, entre outros.

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Imagem ilustrativa da notícia Câncer na vesícula: é preciso ficar alerta sobre a doença camera Esse tipo de neoplasia é rara e, nos estágios iniciais, não provoca qualquer tipo de sintoma. | Foto: Reprodução

O câncer de vesícula biliar é um câncer raro de tumor maligno e silencioso, nos estágios iniciais não provoca qualquer tipo de sintoma, ele se origina-se nas células da vesícula bilar, um pequeno órgão do sistema digestório responsável por armazenar a bile.

A aposentada Maria de Fátima da Silva, 68 anos, começou a sentir dores e inchaço abdominal. Em setembro de 2021, ela procurou atendimento médico, passou por exames de sangue e ultrassom, e descobriu a pedra na vesícula. “Eu vomitava muito, tinha coceira pelo corpo, náuseas e muito enjoo. Após os resultados dos exames, fui levado ao centro cirúrgico imediatamente. A biópsia diagnosticou o câncer de vesícula biliar com metástase para o fígado”, contou a paciente. Em novembro de 2021 ela iniciou o tratamento no Hospital Ophir Loyola, onde realiza quimioterapia e radioterapia.

Além da conscientização sobre a leucemia, o mês também é conhecido como Fevereiro Verde alerta sobre o câncer de vesícula, um tipo de tumor maligno que se origina nas células dessa região. A vesícula biliar é um pequeno órgão do sistema digestório responsável por armazenar a bile, uma substância produzida pelo fígado e que participa do processo de digestão de gorduras da alimentação, e se encontra logo abaixo do lobo direito do fígado.

SINTOMAS

Os sintomas só aparecem quando a doença está em estágio avançado. E incluem febre, dor abdominal, náuseas, vômitos, entre outros. Segundo o cirurgião oncológico, Alessandro França, em cerca de 70% dos casos esse câncer é identificado incidentalmente após uma cirurgia de retirada de pedra na vesícula neste órgão.

Esse tipo de neoplasia é rara e, nos estágios iniciais, não provoca qualquer tipo de sintoma. E, por isso, alguns diagnósticos são feitos em fases mais avançadas, quando já afetou outros órgãos como o fígado, provocando sintomas como dor ou inchaço na barriga. A doença, em 70 a 90% dos casos, está muito associada à presença de cálculos conhecidos como pedras na vesícula (coletitíase). Outros fatores também relacionados são obesidade, tabagismo, dieta inadequada e pólipos de vesículas, que são nódulos que crescem na parede da vesícula biliar, maiores que um centímetro”, explicou Alessandro França.

TRATAMENTO

O tratamento para câncer de vesícula biliar pode incluir cirurgia para retirada do órgão, além de sessões de radioterapia e de quimioterapia, que podem ser direcionadas para quando o câncer possui metástases, o que significa que a doença se espalhou para outras áreas do corpo, e deve ser indicado de acordo com o oncologista.

“Em fases iniciais, retirar apenas a vesícula já é o tratamento, no entanto, em fases mais avançadas é preciso também remover uma parte do fígado, associada ou não a quimioterapia e radioterapia, depende de cada caso”, acrescentou o especialista.

Não existe um programa de prevenção específico para câncer de vesícula. Quando há sintomas de colelitíase e/ou pólipos na vesícula, o ideal é procurar atendimento com o clínico geral para identificar o que está acontecendo o mais breve possível.

“Além de evitar fortemente o tabagismo e hábitos alimentares inadequados. É importante também combater a obesidade e incentivar o hábito de atividade física. O câncer de vesícula tem um desenvolvimento completamente muito agressivo, então a prevenção é o melhor tratamento”, alerta o cirurgião oncológico.

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