Dia 15 de Setembro é o Dia Mundial da Conscientização sobre o Linfoma, data em que o Hospital Ophir Loyola (HOL), referência em tratamento oncológico no Pará, alerta para a prevenção e o diagnóstico desse tipo de câncer.
A doença surge no sistema linfático, composto por órgãos (gânglios) e vasos responsáveis pela defesa do organismo, quando uma célula sofre mutações, que se multiplicam e se disseminam pelo corpo.
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No Brasil, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) de novos casos de linfomas não-Hodgkin é de 12.030 em 2022, sendo 6.580 em homens e 5.450 em mulheres. E são esperados 2.640 casos novos de linfoma de Hodgkin para o mesmo período - 1.590 casos em homens e 1.050 em mulheres. O tipo não-Hodgkin é o mais comum em qualquer idade.
Atualmente, o HOL trata 160 pacientes, dos quais 121 estão com linfoma não-Hodgkin e 39 com linfoma de Hodgkin.
Segundo a coordenadora da onco-hematologia do Hospital, Lucyana Leão, os dois principais tipos de linfomas são classificados conforme o comportamento e grau de agressividade.
“A medida que o linfoma de Hodgkin se espalha de maneira ordenada de um grupo de linfonodos, e também ocorre em um tipo específico de célula, o linfoma não-Hodgkin se espalha através do sistema linfático de forma desordenada, surgindo em outras células do sistema linfático”, explica a especialista.
SINTOMAS
Não há causa definida para a neoplasia maligna. O que ocorre são alterações genéticas originadas nas células antes normais, que passam a ficar doentes, proliferando-se de maneira anormal e iniciando o linfoma. Como o sistema linfático percorre o corpo todo, a neoplasia maligna pode surgir em qualquer lugar. O inchaço dos gânglios é o principal sintoma.
“É mais comum conseguir perceber esse inchaço dos gânglios linfáticos em algumas áreas, como virilhas, axilas, pescoço e atrás das orelhas e da cabeça. Febre, suores noturnos, cansaço, tosse, coceira e perda de peso também são sintomas”, informa Lucyana Leão.
O diagnóstico é feito por meio de biópsia de linfonodos ou da massa tumoral, com investigação a partir do aparecimento dos primeiros sinais. “O exame clínico é feito pelo médico, apalpando as regiões onde é mais fácil detectar alterações. Como há partes do corpo que não podem ser acessadas pela palpação, o médico poderá solicitar uma série de exames complementares, como sangue, imagem e até medula óssea para confirmação diagnóstica e análise da extensão da doença”, esclarece a onco-hematologista.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O funcionário público Emanuel Ferreira de Oliveira, 57 anos, morador de Pontas de Pedras, município do Arquipélago do Marajó, começou a sentir muita azia, refluxo e dores no abdômen em 2021. Uma situação que prejudicou a alimentação e fez com que perdesse mais de 25 quilos. Ele procurou o clínico geral e foi encaminhado para exame de ressonância, que detectou uma massa no local. Após o resultado, foi encaminhado ao Ophir Loyola, onde recebeu o diagnóstico de neoplasia maligna. Além do abdômen, havia massa em outras regiões, como pescoço e palato (céu da boca).
“O meu tratamento no HOL foi bem sucedido. Fiz seis sessões de quimioterapia até dezembro do ano passado. Na segunda quimioterapia, eu já estava me sentindo ótimo. Conseguia comer, fazer minhas atividades diárias e recuperei meu peso normal. Hoje, eu faço apenas o acompanhamento de controle. O meu maior sonho é bater aquele sino quando eu estiver totalmente curado. Sempre que venho aqui tenho fé e esperança de tocar o sino da vitória. Um dia será eu”, conta Emanuel.
A maioria dos casos de linfoma tem cura com o tratamento adequado, principalmente se a doença for diagnosticada em fase inicial. Os recursos terapêuticos são indicados dependendo do tipo específico de linfoma e o estágio da doença, podendo ou não ser combinados, incluindo quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e transplante de medula óssea.
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